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Brasileiro sofre injúria racial na Eslováquia

Esse é um mal mundial, nascido pela percepção social baseadas em diferenças em cor de pele que são classificadas unilateralmente como uma forma de classificar como superiores ou inferiores. É claramente um problema social, intimamente ligado a condições de dominação, sobretudo em nações europeias onde o racismo é mais tolerado.

O local é a Eslováquia, o jogo era entre o ViOn Zlate Moravce e MFK Zemplín Michalovce durante uma partida pelo campeonato nacional. O jogador em questão  é  Mateus Silva, 23 anos jogador vindo do EC São Bernardo e jogando no país há um ano.

Mateus Silva joga no ViOn Zlate Moravce. Em um lance de jogo, explicado pelo atleta ocorreu o fato: “Teve um contato entre nosso goleiro e um adversário, juiz marcou a falta e esse jogador, Miroslav Bozok, não aceitou e começou a discutir com um colega da minha equipe. Me dirigi até eles para apartar, para que a discussão tivesse fim, e ele se descontrolou. A partir daí começaram as discussões e os ataques dele. Até então não falou nada racista, só disse não saber quem eu era e esse tipo de coisa. Mas durante todo o jogo ficou com isso e uma hora a gente se aproximou e ele começou: Vou te matar, seu preto’, ‘preto maldito’ e esse tipo de coisa”, conta Mateus.

A confusão foi até os vestiários, e pode render punição a todos os envolvidos. Mesmo com o ocorrido, Mateus não prestou queixa e nem pretende fazê-lo. “Não fui à polícia fazer boletim nem pensei nisso após o jogo. Estava com a cabeça bagunçada. É complicado. A filmagem da televisão aqui não é tão boa e não tem como provar. Só algum jogador ou outro que estava por perto conseguiu ouvir e é a única prova que tenho. Às vezes, fazer um boletim de ocorrência não dá em nada. É complicado, essa é a vida: passa por situação dessa, às vezes acaba punido e um cara desses sai ileso. É esperar o julgamento para ver o que vai acontecer”.

O jogador afirmou ainda que nunca havia sentido isso na pele e que as ofensas são comuns para desestabilizar os brasileiros. O ex-jogador Adauto (Santo André, Atlético-PR), que teve passagens de sucesso no leste europeu procurou minimizar o ocorrido com relação a ameaça de morte. “Houve, sim, o ato de injúria. Chamou ele de ‘negro’. Mas a força de expressão ‘eu vou te matar’ tem dupla interpretação na Eslováquia, na República Tcheca. Não foi no sentido literário. Eles usam (o termo) diariamente em treinamentos, brincadeiras, no jogo. É como ‘vou te pegar’, ‘vou te acertar’. Então vai muito da interpretação”. Segundo o ex-jogador, as declarações são feitas para desestabilizar o jogador, que não deve entrar na provocação.

OPINIÃO: O Jornal Empoderado repudia com veemência qualquer manifestação racista, seja com racismo ou injúria racial. Esses casos devem ser encarados como agressão. Entendendo a situação  do jogador, que não está no seu país e deve agir com cautela, entendemos que essas ações devem sim ser notificadas as autoridades para providências.

A luta é diária e está em todos os segmentos, as vezes vem em forma de Injúria Racial, como forma de desestabilizar. Mas isso não quer dizer que isso deve ser minimizado. Toda forma de intolerância deve ser combatida com veemência, evitando casos de violência ainda maior.

NOTA

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