ANGOLA – ELEIÇÕES GERAIS AO RUBRO
Por Norberto Zanzuca
No passado dia 23 de Agosto os angolanos foram às urnas depositar o seu voto, numa só sentada devem escolher o Presidente da República, o vice bem como os deputados à assembleia nacional.
Na corrida estão cinco partidos nomeadamente o MPLA (partido que governa desde 1975), UNITA(maior partido da oposição), os tradicionais PRS e FNLA bem como o estreante APN mais a Coligação CASA-CE que vai na sua segunda disputa.
Com uma campanha bastante acirrada o MPLA, UNITA e CASA-CE conseguiram juntar mais publico nos seus actos de massa. O MPLA partido no poder voltou novamente a usar os meios do estado para iludir a população votante, esse partido a 42 anos poder conseguiu apenas trazer uma novidade a não recandidatura do seu lider José Eduardo dos Santos 37 anos depois, para o seu lugar vai João Manuel Gonçalves Lourenço general na reserva e Ministro da defesa. Este partido adoptou o slogan para sua campanha “corrigir o que está mal e melhorar o que está bem”, depois de em 2012 ter contratado o marketeiro brasileiro João Santana que elaborou um excelente manifesto dessa vez os camaradas não tiveram a mesma sorte pois os seus oponentes surgiram com um manifesto com melhor organização. A UNITA veio com o lema GOVERNO INCLUSIVO E PARTICIPATIVO GIP e promete caso vença as eleições governo com todos e para todos uma vez que o partido da situação faz o contrário.
O clima pré-eleitoral esquentou quando o jornalista e activista Rafael Marques de Morais publicou no seu portal MAKA ANGOLA uma alegada pesquisa da empresa brasileira Sensus encomendada pela presidência da república que dava uma derrota expressiva e rejeição pela maior parte da população do partido situacionista. O MPLA acusou Marques de ter cometido crime cibernético mas em momento e pouco tempo depois veio dizer que contratou os brasileiros e que o resultado não era o mesmo que Marques publicou.
Essa questão levou com que Eduardo dos Santos entrasse diretamente na campanha a fim de tentar reconquistar o eleitorado perdido.
Angola desde 2015 vive uma crise financeira derivada com as baixas do preço do petróleo e veio se agudizar com a falta de divisas nos bancos comerciais dificultando ainda mais a vida dos cidadãos daquele país africano uma vez que importa-se quase tudo.
Isso tem levado a um descontentamento por parte da população analistas afirmam que essa é a oportunidade que a oposição tem para governar pois o governo do MPLA não conseguiu driblar a crise econômica e financeira que levou a falta de medicamento nos hospitais, subida de preços da cesta básica e os escândalos de corrupção envolvendo figuras de proa do partido no poder incluindo o Manuel Vicente vice-presidente cessante e o próprio João Lourenço candidato a presidente.
As eleições ocorreram num clima calmo e pacífico as assembleias foram abertas as 07:00 e tiveram o seu encerramento as 18:00, até ao momento não se conhecem os resultados preliminares pels Comissão Nacional Eleitoral CNE porque essa fechou-se em copas e não tuge nem muge. Nas redes sociais militantes dos partidos da oposição dão vitória aos seus alegando ser a junção de resultados de cópias de atas de cada assembleia de voto.
Até lá vamos esperar pela divulgação dos resultados pelo órgão oficial.