Desde 22 de novembro de 2021, a BGS (Brasil Game Show) abriu a venda de ingressos para a edição de 2022. A BGS é a maior feira de jogos eletrônicos da América Latina e está entre as maiores do mundo no gênero. Ela acontece anualmente, desde 2009, e só foi interrompida por conta da pandemia de COVID 19.
Herdeira da pioneira feira Rio Game Show, a BGS só tem aumentado e fidelizado seu público, ainda mais com o aumento do número de gamers durante a pandemia. Consolidada como a maior do ramo na América do Latina, a BGS, com a retomada da feira presencial, tem a expectativa de que superar a marca de 325 mil visitantes de 2019.
Quando visitei a feira a feira em 2018, como repórter do Jornal Empoderado, pude conferir a grande diversidade e criatividade dos criadores de jogos ”indie” brasileiros. Jogos e temas para todos os gêneros. Um dos pontos altos foi a oportunidade de jogar num espaço inusitado, com máquinas retrô, com jogos clássicos em vídeo e nos famosos arcades e nos históricos ”’pimballs”, tão populares nos anos 1980 e 1990.
Concursos de cosplays, stands de grandes marcas e empresas, brinquedos e colecionáveis, vendas de jogos, campeonato de gamers profissionais e muito mais, foi o que contemplei naquela edição e bastante diversidade também.
O evento acontece estrategicamente no mês de outubro, na semana de 12 de outubro, o Dia das Crianças. Mas como o mundo dos vídeo-games não é exclusividade de crianças, a BGS procura contemplar a família toda como consumidora de entretenimentos eletrônicos.
O foco do Jornal Empoderado é dar visibilidade aos ”invisíveis” da sociedade. Não podemos deixar de destacar que a maioria dos frequentadores do evento e dos consumidores de jogos eletrônicos em consoles, mobiles e computadores são economicamente privilegiados e que a parcela da população mais pobre (que não deixa de sonhar e mesmo que modestamente consumir jogos eletrônicos) é excluída da feira. Não por preconceito ou algo do tipo, mas devido ao histórico brasileiro de desigualdades sociais.
Como educador, gostaria de oportunizar aos meus alunos e a tantos outros a inserção neste mundo com tantas oportunidades profissionais e sócio-educacionais. Quem sabe então, não tenhamos, futuramente, pílulas de ”game-shows” nas periferias e vidas brasileiras!