Com o final da saga guerras secretas 2, a Panini iniciou a fase batizada como “all new all different marvel”. Até agora, o que podemos adiantar, é que após os acontecimentos que moldaram o novo universo Marvel, a editora passou a trazer equipes e heróis para lá de diversificados.
Por exemplo em espetacular homem aranha #1 Peter Parker assume papel mais maduro, ou seja, além das responsabilidades de herói o protagonista também se torna cientista e empresario, contrariando seu histórico de jovem sem grana. Outra estrela da revista o jovem Miles Morales, personagem conhecido da revista ultimante; vive entre o dinamismo da vida estudantil e as lutas de super vigilante, tendo em vista a preservação do leitor acostumando com um escalador de teia mais jovem.
Já a revista dos vingadores #1 dispõem de um mix recheado de boas histórias como em novíssimos vingadores equipe formada por: Homem de Ferro, Miss Marvel, Nova, Capitão América Sam Wilson, Thor, Visão e Homem Aranha, os heróis unem forças para deter forças malignas, em segundo plano o grupo enfrentam resistência e preconceito dos cidadãos, devido a pluralidade de gênero e racial do grupo. Bem assim, há outros heróis que merecem ser apontados, é o caso da Capitã Marvel; heroína que ganhará filme em 2019, a personagem atua como protetora do espaço estelar do planeta terra, além de estar presente em mais duas equipes, Supremos e V-Force; equipe composta apenas por super heroínas.
Apesar de soar oportunista, ao ceder espaço aos personagens que representam representatividade, temática tão discutidos em nosso universo contemporâneo e cotidiano, no entanto enganasse quem enxerga a Marvel como principiante no tema, na verdade, a editora deve muito de seus sucessos ao se inspirar na realidade, A origem do Homem Aranha e do Hulk são inspiradas na corrida nuclear, que antecedeu às bombas atômicas lançadas no Japão do final da Segunda Guerra Mundial, até o final da Guerra Fria, períodos de temerosidade sobre os efeitos e impactos da manipulação da energia nuclear e seu uso bélico.
Igualmente essas relações das HQs com a realidade vão além: a história dos Xmen e o Pantera Negra são reflexos da segregação e preconceitos combatidos por Luther King e os Panteras Negras, Luke Cage; o primeiro super herói negro com revista própria Marvel; nasceu devido uma demanda percebida com a ascensão do blacksploitation no cinema, da mesma forma o primeiro casamento homoafetivo, entre o mutante Estrela Polar e seu namorado humano, foi representação de direitos conquistados pela comunidade LGBT no mundo real. “O universo Marvel sempre refletiu o mundo fora da sua janela, então procuramos manter nossos personagens, suas relações e histórias próximos da realidade”, editor-chefe Axel Alonso; na época do lançamento da revista dos Xmen com o casamento do personagem Estrela Polar.
Que a nova e diferente fase da Marvel também se inspire nos movimentos sociais, e cede espaço para o lugar de fala de roteiristas e desenhistas, e possamos ter heróis tanto nas revistas como fora delas.
Não seja um super herói secreto, comente o que achou? concorda? está acompanhando alguma revista. Abraço Excelsior