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novembro 7, 2024
9:25 pm

FRESTA MOSTRA DE SOLOS AUTORAIS

Categorias: Agenda Cultural, Editorial, Entretenimento, Sem categoria
Max Mu
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Max Mu

“FRESTA_mostra de solos autorais” é uma iniciativa do Núcleo de Teatro Físico. Um grupo independente sem patrocínio público ou privado reunindo a diversidade étnica e LGBTQIAPN+ vai levar ao palco dos Parlapatões uma linguagem que até pouco tempo era hegemônica de homens brancos e muito magros.

O FRESTA apresentará 4 espetáculos solos autorais, criados a partir das experiências vividas pelos artistas, que investigam temas sociais e existenciais que confrontamos diariamente.

O Núcleo de Teatro Físico é o realizador da mostra, por ser o coletivo que nos mantém próximos. Nessa edição estão na organização: Anisha Zevallos, Chris Cruz, Edson Duavy, Flávio Hernandes, Lua Negrão, Luana U, Maico Silveira.
Estamos com uma das organizadoras do evento, Chris Cruz, moradora da ZL para contar um pouco sobre esse trabalho:

Max: – Explica o que é mímica e o que é teatro físico?

Chris Cruz: – São praticamente a mesma coisa, é que a mímica foi por muito tempo confundida com pantomima que é aquele rosto branco, as vezes luvas brancas e sem apoio da voz. Mas a mímica pode ser objetiva ou subjetiva ela pode contar uma história e criar representações de objetos reais ou abstrata e subjetiva, onde uma corda pode representar o passado que você quer esquecer.

Max: – Por que vocês escolheram o nome Teatro Físico?
– É o nome que dão no mundo todo “physical theater”, é um pouco mais moderno. E depois de cada apresentação haverá um bate-papo onde quem tiver dúvidas a respeito poderá perguntar e trocar com o elenco. E essa é uma boa discussão que talvez não esteja finalizada.

Max: – Muita gente acha que não vai entender um espetáculo de mímica ou pensam que é uma arte menor, como vocês trabalham para quebrar esses preconceitos?
Chris Cruz: – Fazendo festivais como o FRESTA, reunindo profissionais muito bem escolhidos e espetáculos que geram um grande impacto no público a ponto dele querer voltar várias vezes.

Max: – O que esperar de um espetáculo de Teatro Físico? São atores mudos que não podem falar?
Chris Cruz: – Não. Essa expressão silenciosa apoiada só nos gestos e expressões é a pantomima. Quem quiser conhecer mais de pantomima, é so pesquisar Marcel Marceau. Mas a mímica contemporânea, mais conhecida com o nome de teatro físico faz uso da voz, do som e pode se conectar com as mais diversas artes como dança, mascaras teatrais e circo por exemplo.

Max: Essa mostra é a primeira edição?
Chris Cruz: – Não. A primeira foi no Teatro de Container em 2022 com o nome de Solos Férteis, mas ele iria acontecer em 2020 antes da pandemia, precisamos esperar a saída do isolamento social.

Max: – O sucesso da primeira mostra foi o motivador do segundo?
Chris Cruz: – Sim. Mas, também estamos realizando sem edital ou apoio financeiro, e uma das nossas vontades e desejo é colocar nosso trabalho autoral no palco e no circuito teatral de São Paulo. Nos reconectando com o público da 1ª edição que nos pediu muito essa continuação, e atingir um novo público com uma linguagem ainda pouco popularizada.

Max: – Me conta como você chegou nessa linguagem do Teatro físico?
Chris Cruz: -Comecei na dança com o grupo Avoa! Núcleo Artístico. Que ofereceu um treinamento com Luís Louis, e seu método da mímica total.

Max: – E o que te apaixonou nesse método?
Chris Cruz:- A possibilidade de criação a partir do meu corpo em movimento. Eu sempre fui uma palhaça muito verborrágica, falava de mais, e quando eu transformei uns números com menos falas e mais expressão corporal dentro do método/ técnica o público amou e me convidaram para fazer várias apresentações e nunca mais parei de estudar e atuar.

Para quem quiser ver a Mostra FRESTA segue o serviço:

Link do sympla: Sympla

Instagram da Mostra: Ver

Programação: