Por Priscilla Silvestre
Créditos das Imagens: Abre e Amor Próprio – Psychalive/Terapia de Casal – ABM
Resolvi escrever este artigo porque é um tema que me intriga muito. Além disto, venho percebendo entre amigos, colegas de trabalho, parentes e até mesmo em minhas leituras que ultimamente há muitas desavenças entre os casais por conta das redes sociais e aplicativos, principalmente o Facebook e o Whatsapp. Você, por exemplo, compartilha as suas senhas com seu parceiro (ou parceira)?
A internet e todos os aparatos que nos rondam com ela dia a dia fornecem infinitas possibilidades. E é neste contexto que acredito haver uma falta de preparação psicológica, de maturidade ou, em alguns casos, de caráter das pessoas. Afinal, quem é que nunca vasculhou a página da pessoa de um ex-relacionamento, nem que fosse “só por curiosidade”? Ou recebeu uma mensagem no Whatsapp de alguém do passado, sabe-se lá por qual intenção ela tenha enviado, e ficou tentado a iniciar um bate-papo ou até mesmo começou a conversar, porém, sem que a namorada, o namorado, a esposa, o marido ou quem quer que seja ficasse sabendo?
Para se ter uma ideia da dimensão da inabilidade do ser humano diante dessas “facilidades”, segundo o último levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia Estatística) houve um aumento de 160% de divórcios no País, pulando de 130,5 mil de 2014 para 341, 1 mil casos de separações em 2015. Claro que nem todos estão envolvidos por crises de ciúmes, descobertas de traições on-line ou algo ligado à internet. Mas, outros dados dão um panorama do que vem acontecendo nos relacionamentos amorosos: em 2016 o portal MundoPsicologos.com verificou 50 mil solicitações para tratamentos de terapia de casal.
Além disso, de acordo com a Revista Forbes, o Brasil é o maior usuário de celulares e internet da América Latina, contabilizando uma média de 119,84 aparelhos para cada 100 pessoas. E somente para finalizar a pesquisa que fiz sobre o assunto, o estudo da TNS Research International indicou que 62% dos brasileiros checam os perfis dos seus parceiros, saltando para 67% quando se trata de ex-namorados ou ex-namoradas.
Então, fica a pergunta que coloquei no título: as redes sociais ajudam ou atrapalham os relacionamentos amorosos?
Cada um tem seu ponto de vista!
A resposta é uma opinião própria de cada um, mesmo porque há quem utilize as redes sociais e aplicativos para falar com o seu amor que está viajando a trabalho ou tendo de passar a semana em outra cidade por conta de afazeres profissionais. Existem também casais que conversam via Whatsapp por não conseguirem se ver todos os dias. E ainda tem as pessoas que utilizam os meios on-line para procurar uma grande paixão (como no Tinder, por exemplo), entre outros benefícios que este “mundo conectado” proporciona. Entretanto, eu, particularmente, vejo uma falta de estrutura do ser humano para saber lidar com essa imensidão de possibilidades.
Vamos pensar assim: um casal briga e menciona “se separar”. Aliás, que casal vive em um mar de rosas diariamente, não é? Porém, com essa fissura cibernética e a estima baixa, as chances de algum dos envolvidos na briga (ou ambos) de “sentir saudade” de alguém do passado, buscar informações sobre a pessoa na internet ou até mesmo dar uma abertura mais “calorosa” para alguém que sabe que tem certa atração por ele (ou ela) são grandes. É uma fraqueza das pessoas e um fenômeno decorrente desta nossa atualidade, em que qualquer pessoa está ao alcance de uma simples mensagem. É falta de caráter? É um sinal de que este amor está fragilizado? É algo comum e alguns interpretam como traição? Não sei. Isto vai da visão de cada um e cada casal sabe o que “vale” ou não como certo ou errado.
Dicas para que a internet não atrapalhe seu relacionamento amoroso
Por fim, vou deixar algumas dicas sobre este assunto que consegui com psicólogos e amigos que trabalham com comportamento: tenha a ciência de que o inconsciente nos sabota. Por conta disto, nunca vasculhe as coisas querendo achar, porque “Quem procura acha. E se não acha, encontra”. Quando temos os olhos da maldade, qualquer bom dia pode ser interpretado como uma declaração de amor. Segunda atitude: converse antes de brigar ou até mesmo terminar a relação. Escute os argumentos do outro do que o levou a fazer algo que você não gostou (e não acha certo dentro de um relacionamento), para depois analisar as causas e consequências. Muitas vezes somos impulsivos e já jogamos tudo para o alto, enquanto a situação pode ser menos intensa do que imaginamos. E, terceiro, ame-se acima de tudo. A internet é um mundo aberto, mas você é uma pessoa única, especial e deve saber valorizar isso. Se você não expuser essas suas virtudes, seja em atos ou palavras, pode ser que se sinta inferior e a “pulguinha atrás da orelha” fique atrás de você o tempo todo. E como não há como fugir da Era Digital, o melhor é acharmos maneiras de nos adaptarmos a ela, não é?
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Quem é Priscilla Silvestre?
Pós-graduanda em Jornalismo Digital, é formada em Jornalismo pela Universidade Metodista de São Paulo e atua no ramo há 14 anos. Hoje, dirige e atua na profissão em sua empresa, a Pri.Silvestre Comunicações, oferecendo serviços de assessoria de imprensa, produção de conteúdos, entrevistas especiais, colaborações em mídias impressas, on-line e todos os materiais necessários dentro do setor. Entre os seus clientes já atendidos estão Yudi Tamashiro (ex-SBT), Santos (Programa do Ratinho), Palhaço Atchim, empresas, eventos e profissionais especializados. Já atuou como jornalista responsável da Editora Quadrívium (Revistas Noiva & Festas, Debutante Acontece e Noiva & Festas RJ), Vitrine das Noivas e como redatora das revistas Em Dia, Em Casa e Jornal O Retrato (Editora PAC Prommos). Contato: prisilvestre@prisilvestre.net