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Pai denuncia crime de racismo na Droga Raia

Dia 28 de junho último o Enéas Santos pai da menor Maria Luiza foi até uma loja da Droga Raia, na região da Avenida Angélica, em São Paulo. Foi com sua filha, que é menor de idade, na farmácia. Enquanto estava aguardando na fila sua filha foi se pesar, pois a mesma quer doar sangue e só irá conseguir se tiver um determinado peso. 

Quando Enéas voltou para o carro percebeu sua filha triste e chorando. Ao questioná-la o motivo do choro ela só dizia que sentia vergonha. Quando o pai insistiu e questionou o motivo dela estar chorando tanto. Aí a sua filha lhe disse que a funcionária da farmácia, a Raquel, estava seguindo ela (como se fosse suspeita). 

Enéas voltou na farmácia para saber o porquê daquilo ter acontecido. Além de não ter sido auxiliado, ainda percebeu que funcionários riam dele.

Santos falou ao Jornal Empoderado: “ainda não digeri esta agressão contra minha filha. As agressões que sempre sofri tenho tirado de letra e respondido a altura, mas quando é seu filho, no meu caso uma filha menor chorar e dizer que está com vergonha: dói na alma. Dói! Eu estava ali e não vi a agressão, não vi a covardia. Como pode minha filha ter passado por isto eu ali … e não vi? Estou na luta contra o racismo há mais de 50 anos. Lutei para que meus filhos não passassem o que passei. Eu lutei e eles irão continuar lutando”.

Enéas pensando em pais que possam vir passar o que ele passou resolveu falar como fez no caso da Maria Luiza:

Dia 28 de Junho 

Chamar a PM 190: Ao perceber que a Gerente me ignorava me tratava como invisível decidir chamar a PM 190, depois de muita insistência chegaram, tomaram meu depoimento e da racista. Foi importante a vinda da PM eles colocaram no BO todos os dados dela, e eu já tinha uma foto.

No mesmo dia coloquei no meu face o BO da PM e a foto da agressora, ao ver minha postagem a Secretaria Executiva de promoção de Igualdade Racial da Secretaria Municipal de Direitos humanos me contatou e me indicaram que eu fosse até o Centro de Referência de Igualdade Racial.

OBS: Se a PM não tivesse ido eu teria que colher todas as informações possível da agressora, ter fotos etc. No B.O da PM mesmo eu falando que era crime de racismo consta como desinteligência.

Dia 02 de julho

Centro de Referência de Promoção de Igualdade Racial: Fui até o “Centro de Referência de Promoção da Igualdade Racial”, na Rua Maestro Cardim nº 60, Vila Tororó (São Paulo), às 10 horas da manhã. Lá fomos atendidos pela advogada do “Centro” e pela assistente social. Relatamos o ocorrido e imediatamente a advogada ligou para o Decradi (Decradi – Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância) relatando os fatos e foi agendado um horário para fazer o BO.

Obs: Eu poderia ter ido ao Decradi sem este agendamento, o que todos podem fazem. Outra coisa! É importante ir ao Decradi, pois lá é uma delegacia especializada em crimes de racismo e intolerância.

 Dia 5 de julhoDECRADI

Às 14 horas fui até ao Decradi, na Rua Brigadeiro Tobias, 527- 3° andar sala 309 (São Paulo). Depois de um tempo prestei meu depoimento para a escrivão. Como eu tinha a qualificação no BO da PM e foto da racista, ficou fácil fazer a denúncia. No final do meu depoimento a delegada analisou e perguntou se eu a autorizava abrir o inquérito e eu disse que sim. E assim, eu assinei um documento. Agora os investigadores foram para uma diligência.

B.O

 

B.O

Nota da Droga Raia

“A Droga Raia faz questão de frisar que é contra qualquer tipo de discriminação, e que defende os valores da diversidade dentro e fora da empresa. Somos uma rede de farmácias que atua há 116 anos no setor de saúde, com o compromisso de ser uma empresa que preza pela integração e diálogo entre todas as raças, crenças, culturas e gêneros, sempre com respeito e equidade.

Vamos investigar a situação, e atuar para corrigir eventuais falhas no atendimento, e daremos o retorno ao nosso cliente. Lamentamos profundamente qualquer incômodo que o cliente e sua filha tenham sentido dentro da nossa loja.

Nossa empresa assumiu o compromisso de zero incidentes de preconceito até 2030, aderindo ao pacto pela equidade racial, o MOVER – Movimento pela Equidade Racial, e fará todos os esforços para reduzir o cenário de desigualdades no Brasil. Todas e todos são sempre muito bem-vindos em nossas lojas.

Atenciosamente,

 
Droga Raia”

 

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