Após denúncia de que a falta de oxigênio na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Ermelino Matarazzo provocou a morte de três pessoas, o co-deputado estadual Jesus dos Santos (PDT), da Mandata Ativista, organizou um canal de denúncias para criar um dossiê sobre os problemas da saúde de São Paulo, como a falta de insumos, medicamentos e atendimentos.
De acordo com Jesus, o objetivo da ação é reunir denúncias de vários locais do Estado a fim de protocolar um dossiê mostrando como o Governo de São Paulo vem lidando com a pandemia: “Nossa ideia é deixar a Mandata à disposição das pessoas! Junto com a população iremos cobrar medidas mais eficiente do governador”, explica.
O co-deputado alerta que, caso alguma denúncia seja considerada emergencial, ele poderá acionar a justiça ou poderá realizar uma visita na unidade de saúde como forma de resolver a situação o quanto antes.
“O Governo e a Prefeitura de São Paulo insistem em dizer que não faltarão insumos médicos, porém não é isso que estamos vendo! Queremos que todas e todos tenham atendimento digno para conseguir vencer essa terrível doença!” finaliza Jesus.
O canal de denúncias para o dossiê está disponível no link: https://www.falajesus.com/denuncia
Para participar do grupo de mobilização, acesse: https://bit.ly/GrupoDenunciaSaude
Escassez de medicamentos
A Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo alertou que o estoque de medicamentos usados para a intubação de pacientes acometidos pela covid-19 é suficiente para mais uma semana. Alguns locais, como Hospital Geral de Cotia, na Grande São Paulo, já estão substituindo alguns medicamentos, como o Midazolam por Diazepam.
Entenda o caso
Na noite de sexta-feira (19) 10 pacientes foram transferidos da UPA Ermelino Matarazzo para o Hospital Municipal de Itaquera, em razão da falta de cilindros de oxigênio. Segundo profissionais da UPA que não quiseram se identificar, o episódio levou a morte três pessoas.
A falta de oxigênio na unidade durou 30 minutos e que, segundo a Prefeitura, foi causada pelo problema na logística de entrega da fornecedora White Martins.
“O problema não é o oxigênio; é o esgotamento logístico da entrega do produto que está causando a demora. Numa UPA como essa nós enchíamos o tambor de oxigênio uma vez por semana; agora, chega a três vezes por dia e não está dando conta. Nós conseguimos avaliar o caso e tomar a decisão adequada e rápida para a transferência dos pacientes”, declarou o secretário municipal de saúde, Edson Aparecido