Há alguns anos temos conhecimento de uma palavrinha que é muito mencionada, muito propagada e pouco exercitada: a empatia.
Se por um lado ouvimos falar sobre isso o tempo todo, por outro observamos cada vez menos as pessoas a exercitando.
Se colocar no lugar do outro é uma habilidade que precisa ser desenvolvida, visto que nossa essência humana é recheada de preconceitos e pré julgamentos, porém, somos também capazes de nos autocriticar e modificar nosso padrão de pensamento, permitindo, assim, que possamos voltar atrás em nossos julgamentos e tentar pensar pela visão do outro.
Hoje vivemos um período crítico em nossa sociedade e nunca se viu tamanho desprezo pelo senso de coletividade, pela lógica do “se eu não acredito ou se não vivo na pele, então não é real”.
Tem sido assim com transtornos psicológicos e mentais há décadas, “depressão é falta de religião”; “essa coisa de ansiedade é desculpa para não ter que trabalhar”; “se tivesse mais o que fazer, não ficava tão mal assim”, e daí por diante.
E assim as pessoas propagam suas impressões sobre o que não entendem e desvalorizam aqueles que tem a infelicidade de conhecer de dentro a face das doenças que mais atingem a sociedade moderna.
A empatia e o Coronavírus
Todavia, se até pouco tempo apenas as doenças e transtornos mentais eram banalizados, hoje vivemos um alarde gerado por uma pandemia que gera sintomas claros, que tem matado no mundo inteiro, mas que apresenta baixo risco de letalidade para a maioria da população, ainda que na contrapartida ofereça grande risco a uma população específica.
E o que vemos diante desse cenário?
Pessoas aproveitando para se mostrarem indiferentes ao que nos é apresentado e se esquecendo de que não se trata deles apenas, mas de toda uma sociedade que está tentando evitar que haja a propagação ampla de algo que pode não fazer tão mal a alguns, mas que pode fazer muito mal a outros.
Bom senso, empatia e visão coletiva, esses são os conceitos que precisam ser trabalhados nas estruturas internas cerebrais de nossa população, para que, assim, possamos evoluir enquanto sociedade, mas principalmente como seres humanos.
Mais amor ao próximo, por favor!