Não é de hoje que existe um hiato em relação ao número de afro-brasileiros nitidamente negros nos corpos de balé clássico. Por isto o Jornal Empoderado esteve mais uma vez com os idealizadores do Yodele Balé, uma iniciativa que visa dar oportunidade a quem não teria chance de profissionalização: afro-brasileiros prioritariamente e a famílias de baixa renda em geral.
Milton Kennedy, um dos idealizadores do Ayodele Balé, relatou que na escola do Balé Municipal de São Paulo quando nos primeiros anos, nos primeiros passos de aprendizagem ainda há consideravelmente negros, mas nos anos finais já não há mais quase nenhum. Preocupado com isto Milton Kennedy buscou parcerias para desenvolver um curso para negros e pessoas de baixa renda de outras etnias.
O projeto está dividido em “Eixo de cursos livres” e “Eixo de cursos de formação”. A Ayodele oferece curso de jazz, danças urbanas, capoeira, balé clássico, percussão, canto e consciência corporal. Conta com uma equipe multidisciplinar de profissionais e funciona em parceria com o Studio Olimpic Shape, que lhe cede a estrutura.
A Ayodele Balé se mantém através da captação de recursos, pela contribuição familiar, patrocínios e pelo voluntariado. O valor social das mensalidades vale para todas as crianças da família e é uma bagatela considerando o conteúdo, a qualidade e o valor de mercado. Um projeto que fura o bloqueio econômico e social a que negros, miscigenados e famílias de baixa renda em geral estão sujeitos.
A Ayodele, no último sábado dia 01/02/2020 iniciou a triagem de candidatos às vagas e início das matrículas para 2020. Ah… e dia 06/02/2020 as 18h40 aconteceu a primeira aula abeta de danças do Studio Olimpic Shape. Em breve mais novidades da companhia!
Endereço: Rua Cesar Penna Ramos, 343 – Vila Santa – Casa Verde- SP.
Contatos: (11) 97094-6712
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