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julho 13, 2019
9:23 pm

N’KINPA- NÚCLEO DE CULTURAS NEGRAS E PERIFÉRICAS

Anderson Moraes

Em tempos de desencantos, encantar-se é a premissa

“É importante que problematizemos a educação reconhecendo os equívocos praticados, para então buscarmos uma saída original, potente e incômoda. Estamos convencidos de que nós, educadores, temos uma tarefa urgente: precisamos nos deseducar do cânone limitador para que tenhamos condições de ampliar os horizontes do mundo, nossos e das nossas alunas e alunos. Educação deve gerar gente feliz, escrevendo, batendo tambor, dando pirueta, imitando bicho, fazendo ciência e gingando com gana de viver” – FOGO NO MATO – A CIÊNCIA ENCANTADA DAS MACUMBAS. RUFINO, SIMAS (PÁG. 19)

A N’KINPA- Núcleo de Culturas Negras e Periféricas realizará juntamente com artistas e coletivos parceirxs uma festa a partir da premissa de Beto Sem Braço “O que espanta a miséria é a festa”. Festa para espantar e curar as doenças sociais que nos separam de nossas raízes ancestrais, que minorizam, folclorizam e marginalizam as nossas ciências, despedaçando por meio de violências culturais e estruturais nossos vínculos.

… Se os conhecimentos são produzidos e encantados nos cruzos, eles não podem ser detidos e mantidos sobre a posse de um único agente. Eles devem se manter em mobilidade, em constantes fluxos,

em encontros, contaminações, afetos.” – FOGO NO MATO – A CIÊNCIA ENCANTADA DAS MACUMBAS. RUFINO, SIMAS.

Como nos remontarmos numa sociedade que coopta almas/arte para servir interesses políticos e egocêntricos? Que caminhos podemos descobrir? Como incluirmos uns aos outros nas nossas co-existências, fortalecendo vínculos e recriando futuros?

A festa dentro de nossa cultura afro- indígena- brasileira cura as mazelas geradas pelos carregos coloniais, que violentam nossos corpos e subjetividades.

A N”KINPA quer promover encontros, cruzamentos, encruzilhadas pedagógicas sobre as ciências de brincar. A potência de cada criança em se descobrir, se entender a partir de seu passado, se fortalecendo para um futuro pleno de vínculos, para assim tomar seu lugar de protagonismo no mundo. Encantar sua própria história, porque novamente: “Educação deve gerar gente feliz, escrevendo, batendo tambor, dando pirueta, imitando bicho, fazendo ciência e gingando com gana de viver”

O evento será um encontro festivo, artístico e formativo. Na festa haverá samba, roda de conversa sobre infância, ancestralidade e cultura, empreendedorxs pretxs, apresentação de dança, comida e música!