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A religiosidade no foco da democracia

O Dia Estadual de Liberdade Religiosa é comemorado no dia 25 de maio, mas a Secretaria de Justiça e Defesa da Cidadania promoveu no dia 20 a abertura de uma exposição em promoção à Cultura de Paz e Liberdade de Crença.

O evento ocorrido às dez horas do dia 20 de maio no Espaço da Cidadania “André Franco Montoro” (Pátio do Colégio, 184), vêm confrontar a intolerância, o ódio e exaltar o respeito e a convivência pacifica e fraterna entre os brasileiros de diferentes etnias e crenças.

Os idealizadores ressaltaram que é a primeira vez que uma Secretaria de Estado promove um evento que reúne diversos segmentos religiosos no mesmo espaço público. A fala inicial do cerimonial foi do Sheikh Ragib Al-Jerrahi, islâmico sufista que ressaltou a importância da convivência e da tolerância para com a diversidade. Ele deu à educação uma grande importância no combate a estas mazelas sociais. A Universidade de São Paulo (USP) colaborou com documentos sobre a história das religiões.

Priscila Lopes Belchior de Queiroz, que cantou a música “Jesus é amor”, representando o cristianismo protestante e histórico em depoimento diz: “Achei um momento importante, em tempos que ódio tem sido disseminado, principalmente por parte de religiões dominantes. Estar ali com religiões diversas falando de amor e tolerância, realmente foi muito gratificante”. Representantes do Candomblé cantaram em louvor Oxalá e explicaram o significado de seu rito, o que é desconhecido e muitas vezes hostilizados infelizmente por propagadores de racismo religioso.

Em março foi lançada a campanha “Respeitar o próximo é cultivar a paz”. Esta iniciativa visa o estímulo às denúncias sobre intolerância religiosa.  A mostra prossegue até o dia 27, acontecerá no Espaço da Cidadania “André Franco Montoro”, localizado no Pátio do Colégio, 184, centro da capital.

Dando prosseguimento a estas reflexões a Frente de Evangélicos Pelo Estado de Direito promoveu no dia 21 de maio uma reflexão sobre a Reforma da Previdência com o tema: “O que a Reforma da Previdência tem a ver com sua fé” e contou com a presença de um grupo heterogêneo de pessoas, mas com algo em comum… A contrariedade à Reforma da Previdência; pelo menos a que está sendo apresentada aí.

O advogado previdenciário Will Schmaltz e a assistente social Mariko Anashiro se contrapuseram em alguns aspectos, mas convergiram totalmente no que tange o papel do Governo na proteção dos direitos e da seguridade social. A palavra do pastor Jair Alves da Igreja Metodista do Belém ressaltando a disparidade entre a postura do atual governo apoiado por religiosos e a retirada de direitos protetivos de caráter social que prejudica diretamente os mais pobres finalizou as falas recheadas de teologia e pensamento libertário.

Depois deram oportunidade aos questionamentos do público. O teor das perguntas e a fala subsequente dos compositores da mesa fecharam uma noite sem paralelos. Afinal, “Ao Senhor empresta o que se compadece do pobre, e ele lhe pagará o seu benefício. ” (Provérbios de Salomão 19:17). 

 

 

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