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Deficiência: modelo social versus modelo médico

Por muito tempo, porém ainda muito presente, as pessoas com deficiência eram encaradas como portadoras de deficiência de um modo geral.

Por exemplo, estar em uma cadeira de rodas implicava também na ideia de que seus pensamentos também estivessem limitados como sua atividade motora. E, ainda bem, isso está mudando.

Flávia Albaine, Defensora Pública de Rondônia e também criadora do projeto “Juntos pela Inclusão Social”, nesse ano encara o Mestrado no Norte do País para se aprofundar ainda mais no tema.

De acordo com Flávia, nesse novo modelo social adotado, a deficiência deixa de ser uma característica exclusivamente individual da pessoa para se tornar uma questão social.

“Isso na medida em que passa a ser a resultante da interação entre as limitações da pessoa e as barreiras sociais que obstruem a sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais. Diante desta logística, a sociedade é convocada para eliminar barreiras com o objetivo de promover a efetiva inclusão social da pessoa com deficiência”, pontua.

Assim, a adoção – nacional e internacional – do modelo social de deficiência enseja a superação do modelo médico de abordagem da deficiência.

Para essa visão estritamente médica, a pessoa com deficiência é que deve se “normalizar” o tanto quanto possível para a vida em sociedade, na medida em que será reabilitada para se assemelhar às demais pessoas válidas e capazes.

“Então, a sociedade passa a ser protagonista na inclusão das pessoas com deficiência, já que é ela que não consegue se adaptar e permitir que todos exerçam os seus direitos e deveres com o maior grau de autonomia possível e em condições de igualdade com os demais”, explica.

Mudanças de pensamentos

Flávia Albaine é Defensora Pública e criadora do “Juntos pela Inclusão Social”

Flávia ressalta que o comportamento estigmatizado em relação à deficiência possui raízes culturais, econômicas, sociais e históricas.

Assim, somente uma sociedade fortalecida e comprometida com a inclusão social e com o amortecimento de vulnerabilidades poderá contribuir para a eliminação gradativa de cada uma dessas raízes geradoras de preconceito e exclusão.

“Que permaneça a reflexão pela luta de cada um de nós, dentro de suas possibilidades, para a erradicação daquela que é uma das piores deficiências existentes em nossa sociedade: a deficiência moral”, finaliza.

Serviço:

Juntos pela Inclusão Social – www.facebook.com.br/juntospelainclusaosocial

 

NOTA

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