No final dessa semana o futebol esteve em festa, vinte e um estados brasileiros comemoraram com os seus campeões regionais de maneira bem empolgante e vibrante, pena que no meio dessa festa há uma informação triste a ser analisada por muito tempo, dos vinte e um times campeões temos apenas um técnico negro, Roger Machado do Bahia.
Roger, que foi protagonista de um texto que fiz há 9 meses sobre a sua demissão do Palmeiras e a falta de negros em cargos diretivos teve o seu valor reconhecido pelo time baiano, que tem se destacado fortemente pela inclusão das minorias em suas atividades, a última atuação nesse sentido foi colocar pra levantar a taça do campeonato uma pessoa com câncer.
No entanto, em 9 meses as coisas não mudaram muito para os técnicos negros, muitos estão fora do mercado como Lula Ferreira, Cristóvão Borges, Andrade (que fez aniversário recentemente e as redes sociais do Flamengo tiveram a indelicadeza de postar uma foto de outro jogador, Adilio e isso só nos fazem diminuir como negros, pois temos plena capacidade de dirigir uma equipe de futebol.
O triste é que muitas pessoas atribuem a falta de treinadores negros é que eles não se preparam para isso, o que é totalmente errado. O racismo estrutural que foi oficializado pelo nosso país de uma maneira sórdida desde 1500 é o fator decisivo para isso acontecer de fato.
O mais impressionante é que no Nordeste onde a predominância negra ainda é mais forte do que no resto do país não temos nenhum técnico dessa cor campeão, um dado triste e doloroso para a nossa causa.
Vamos sempre estar atentos a esses dados e analisar o que podemos fazer para mudarmos isso de uma maneira definitiva, claro que vai demorar muitos anos, mas a atitude positiva sempre será feita e precisamos juntar pessoas, entidades para reverter à situação.
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