Após 12 longos anos, a multicultural seleção francesa de futebol está novamente em uma final de Copa do Mundo ao vencer a badalada seleção da Bélgica por 1 a 0. Somando culturas árabes, negras, hispânicas, europeias dentre outras, a França dá lição no quesito mistura de raças mostrando que o futebol, além é claro de tudo o que se refere a vida, convive e muito bem com as diferenças, sejam culturais, cor da pele ou qualquer que seja, tudo em busca de um objetivo em comum: ser campeão. O super candidato a craque da copa, Mbappé nasceu na França mas tem descendência camaronesa. O gol foi marcado por Umtiti, camaronês, após receber cruzamento de Griezmann, que tem ascendência portuguesa e alemã. Lição de união dentro de campo que precisa com urgência se espalhar para fora das quatro linhas, já que a população francesa ainda sofre com episódios de racismo, por mais incrível que isso possa parecer. Mas vamos falar de alegria e celebrar o futebol e sua pluralidade com a França na final e disputando a vaga com outra equipe que vive a mistura cultural e faz dela a sua força. Os belgas também trazem em seu dna essa essência. Enfim, festa da vivência em comum. A partida, como já dita, foi equilibrada, o que já era de se esperar pela bela campanha de ambas as equipes. Muitos já disseram que França e Bélgica fariam a final antecipada na Rússia, será? O que se sabe até agora é que a França chega muito bem cotada e, seja contra Inglaterra ou Croácia, o favoritismo será grande. Com um time compacto e bem distribuído em campo ao mesmo tempo, Didier Deschamps monta seu time para ser forte na defesa e rápido no ataque. Griezmann e Mbappé são os responsáveis pela velocidade e talento e não se esconderam na decisão. O zagueiro Umtiti era dúvida até minutos antes de jogo, ele poderia perder a vaga para Tolisso, e acabou jogando e sendo o cara que decidiu com o gol de cabeça marcado aos 6 minutos do segundo tempo. O goleiro e capitão Lloris quando foi acionado fez a sua parte e garantiu. Do lado da Bélgica, jogadores como Lukaku e Hazard foram engolidos pela marcação francesa e não conseguiram mudar o jogo. Quem novamente teve participação intensa foi o goleiro Courtois, que fez defesas importantes e evitou um placar mais elástico. Mesmo assim, a Bélgica teve mais posse de bola, atacou com perigo, nos minutos finais pressionou e vendeu caro a vaga para a final, mostrando que é sim a grande geração belga e se candidata a um futuro muito promissor no futebol mundial. Amanhã sai o adversário mas há quem diga que o título já está em boas mãos, ou seja, em mãos francesas. Pelo sim pelo não, é melhor esperar a partida de domingo para cravar o resultado, mas que os Azuis chegam com tudo na final, ah isso chegam e que se cuide quem passar do jogo de amanhã.
Allez les Bleus – Vamos Azuis…