O Salão da Bienal recebeu o evento “Um pacto pela Democracia”, promovido por mais de 60 organizações de várias linhas políticas como: Ethos, Alana, Sou da Paz, Igarapé, além dos projetos que buscam renovação política como Agora!, RenovaBR, Brasil 21, Raps (Rede de Ação Política pela Sustentabilidade), Bancada Ativista, Frente Favela Brasil e Nova Democracia, REDE, PSDB, PSB, PT, PSOL, GELEDES ( Instituto da Mulher Negra) e sociedade civil assinam o documento “Pacto Pela Democracia”.
“Documento defendido por uma coalizão de movimentos pede pluralismo e tolerância na política” – Folha de SP.
A ideia principal foi um pacto pela Democracia que uniu, em uma mesma noite, o PSOL na fala sempre contundente da vereadora Sâmia Bomfim, Eduardo Suplicy, um petista histórico, o GELEDES na figura da simpática Maria. Novas candidaturas também tiveram espaço, entre elas do Anderson Quack e Gizza, do Frente Favela Brasil, juntamente com Grupo Ethos, Agora, Acredito, Rede e muitas outras legendas, partidos e projetos que juntos pediram um Brasil diferente.
Nicole, da Transparência Brasil, acredita que um dos caminhos de renovação é o político estar comprometido com a Democracia.
Foi aplaudido o momento em que anunciou-se que os partidos são obrigados a abrirem suas contas de campanha. A grande pergunta é como na prática se dará esta junção de pensamentos sempre antagônicos em busca de um projeto plural, democrático e com participação de todos e todas.
Como serão somados essas forças a fim de diminuir o abismo social do país.
Que haja um compromisso de agenda real para defesa dos mais vulneráveis e uma democracia participativa.
Pensar um país que esquerda e direita, brancos e negros possam coexistir, produzindo juntos é tão grandioso quanto os 12 Trabalhos de Hércules.
A plateia não foi indiferente a pluralidade. Dividiram espaço Marcelo Cavanha (ativista) Mafoane Odara, do Instituto Avon e negra, os integrantes do Grupo Acredita, Agora e até Neca Setubal.
Reafirmar o diálogo e a tolerância com pluralismo e práticas democráticas e, principalmente, que chegue nas pontas – o povo participando e tendo voz.
Como disse Maria, do Geledes, o pacto precisa possibilitar dar voz a mulher negra.
Jorge Abrão, do Nova SP, disse que hoje um voto consciente em deputado e senador e tão ou mais importante que a candidatura presidencial. E que um congresso que só tem visão individualista e não pensa no povo, não serve. Isso ajudará o país ser mais igual e menos preconceituoso.
Já Verusca, do PSB, lembrou que vale a pena insistir na democracia e que se deve resistir agora para diminuir os retrocessos.
A vereadora Samia Bomfim, do PSOL, com sua fala sempre contundente e propositiva, destacou a importância de vocalizar os mais necessitados e quem não tem voz.
Carlos Bezerra Jr, presidente do Conselho de Direitos Humanos, disse que os ecos das vozes de 2013 ainda permanecem no Brasil e que este evento é um espaço de reafirmação do diálogo para que as narrativas, hoje autoritárias sejam postas de lado com eleições limpas e transparentes. E por fim, que se tenha um compromisso dos eleitos com a reforma política.
A pauta da reforma política foi muito repetida, assim como a questão de responsabilidades sociais, que Lula seja livre, visibilidade e que intervenção militar não é solução.
Mas houve também espaço para quem defendesse liberdade econômica e progresso financeiro.
Para além das dificuldades do momento, foi muito festejado o fato de existir mudanças acontecendo e que este evento é um sinalizador da capacidade de lutar, criar e mudar do povo brasileiro.
Uma coisa é certeza: se a prática repetir a teoria, pelo menos no que toca o evento da Bienal, o Brasil terá um processo político pautado por valores democráticos e com responsabilidade social.
Na íntegra o evento e o video manifesto, no Facebook. Aqui: https://web.facebook.com/pactopelademocracia/videos/399343517211858/?comment_id=399976713815205¬if_id=1529005138253710¬if_t=video_comment
FOTOS: Alícia Peres e Anderson Moraes