Você pode não saber quem é Shonda Rhimes, mas provavelmente conhece alguém que ama séries e acompanha suas produções de sucesso como Scandal, How to get away with a murder e Greys Anatomy. Essas são produções televisivas que impactaram a tv norte-americana e também conquistaram muitos fãs no mundo inteiro. Shonda Rhimes é uma roteirista negra estadunidense extremamente bem-sucedida e Empoderada.
A roteirista também escreveu um livro em que conta sua experiência em um ano muito diferente, no qual decidiu viver novas coisas aceitar os convites da vida. Esse livro é “O ano em que disse sim”, e nele Shonda explica também sobre ser uma mulher negra de tanto sucesso na Tv, além de ser a primeira autora a colocar mulheres negras como protagonista de séries dramáticas – tanto Scandal quanto How to get away with a murder têm protagonistas negras.
Esta última, protagonizada por Viola Davis, deu à atriz o primeiro Emmy de melhor protagonista de série dramática e foi a primeira vez que uma mulher negra ganhou este prêmio.
Shonda Rhimes tem extrema consciência da importância disso numa sociedade tão machista e racista como a nossa e, por isso, denomina essa consciência de “responsabilidade de ser a P.U.D.” , isto é “primeira, única e diferente”. Há uma relevância muito alta de ser a primeira pessoa a trazer protagonistas negras consideradas bonitas e não simplesmente personagens secundárias e de função humorística na trama, além de ser uma das poucas a alcançar tão grande audiência e prolongar suas séries por tanto tempo a ponto de ter um dia de programa na TV só para ela.
Tudo isso nos faz refletir sobre a importância dessas pessoas que abrem caminhos, por serem primeiras, únicas e diferentes, por fazerem coisas que ninguém fez antes, explorarem caminhos que ninguém explorou antes e conquistarem prêmios inéditos para sua classe. Essas pessoas carregam uma grande responsabilidade nos ombros e são tanto internamente quanto socialmente muito cobradas.
No fundo, parece que todos querem ter a posição de primeiros, únicos e diferentes, mas poucos entendem o que isso significa em termos de trabalho e cobrança. Por tais motivos, deve-se valorizar e apoiar o trabalho daqueles que se arriscam e trazem a representatividade que tanto exigimos na mídia e nos espaços ainda inexplorados.