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Entrevista Exclusiva: Felipe Legrazie Ezabella (candidato á presidência do Corinthians)!

 

 

 

 

 

 

 

 

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O Jornal Empoderado bateu um papo com um dos cinco candidatos á presidência do Corinthians, o advogado Felipe Legrazie Ezabella, de 39 anos, que ja foi ex-diretor de esportes terrestres do clube. Ele vai concorrer pela chapa “Corinthians Grande” na eleição no dia 3 de fevereiro de 2018.

Seu grupo politico nasce de uma dissidência do grupo “Renovação e Transparência”, da atual gestão do Roberto de Andrade. Junto com o Advogado Felipe Ezabella estão: Sérgio Alvarenga, Fernando Alba, Raul Corrêa da Silva, Fausto Bittar e novos nomes como Alexandre Tavares(ja entrevistado pelo JE).

 

 

 

Fale um pouco de como nasce seu Corinthianismo, Felipe Ezabella.

Divulgamos esse pequeno histórico abaixo na página do facebook, acho que resume um pouco minha trajetória. Meu corinthianismo vem de berço, em especial do meu avô paterno que se apaixonou pelo clube quando saiu da fazenda que morava no interior e veio morar em São Paulo, na década de 1930. Meu pai já nasceu no bairro do Tatuapé e viveu intensamente o clube na década de 60, principalmente no departamento de basquete. Minha tia era da patinação artística, meu tio é atleta do remo até hoje (master).

Quando eu nasci meus pais já moravam no bairro de Pinheiros, então ia ao clube quando visitava meus avós. Depois joguei no terrão nos campeonatos internos na década de 80, sempre acompanhando e torcendo pela equipe. Nos anos 2000, depois de militar no esporte universitário (fui Presidente da AAA XI de Agosto em 1998), comecei a me interessar e a participar da parte política, militando sempre em defesa da abertura democrática do clube.

Do “terrão à presidência”: Felipe Ezabella será o candidato do Movimento Corinthians Grande na eleição do clube em fevereiro de 2018. Com 39 anos, Ezabella é cria do Parque São Jorge: está presente no clube social desde a infância, do parquinho ao antigo terrão.

No início dos anos 2000, começou a participar ativamente da política e administração do clube. Entre outubro de 2007 e dezembro de 2009, foi Vice-Presidente de Esportes Terrestres, tendo trabalhado na reorganização administrativa dos departamentos internos do clube, implementando uma política esportiva e incentivando especialmente o retorno do clube às disputas das categorias de base de basquete masculino e feminino, bem como à Liga Nacional de Futsal.

Como conselheiro, foi eleito para dois mandatos consecutivos (2007/2012 e 2012/2015), sendo eleito Secretário-Geral do CORI (Conselho de Orientação) no segundo deles. Participou ativamente como membro da comissão de reforma estatutária que aprovou, dentre outras mudanças, o fim da indicação presidencial para o cargo de conselheiro; a eleição direta para Presidente; o fim da reeleição para todos os cargos, dentre outras importantes mudanças.

Advogado, é Bacharel, Mestre e Doutor pela Universidade de São Paulo; Especialista em Administração Esportiva pela FGV/SP, em Arbitragem pela FGV/EDESP e em Gestão do Futebol pela Universidade do Futebol; autor dos livros “O Direito Desportivo e a Imagem do Atleta” pela editora IOB e “Agente FIFA e o Direito Civil Brasileiro” pela editora Quartier Latin e sócio fundador do IBDD – Instituto Brasileiro de Direito Desportivo.

Estudei e me preparei para ser Presidente do clube. Já negociei com meus sócios meu afastamento das atividades profissionais pelo período da gestão. Tenho o apoio incondicional da minha família. Estou extremamente motivado e feliz para essa missão.

 

Como foi a encomenda feita á séria Universidade do Futebol de proposta que englobasse novos métodos de gerenciamento para o futebol, clube social e compliance, isto é, a adequação do Corinthians às regras externas e internas atuação dentro da ética?

Como advogado atuante no esporte, tenho participado e contribuído com a Universidade do Futebol desde o seu início em 2003, quando ainda se chamava Cidade do Futebol. Recentemente fiz o curso deles de Gestão do Futebol e quando debatíamos novos modelos e formas de gerenciamento esportivo, entendemos que seria legal ter uma análise independente e uma guia de sugestões e ideias para tentarmos aprimorar a governança do nosso clube.

 

Sua chapa é um dissidência de quem já esteve ao lado da gestão do Andrés? Por que?

Todos do nosso Movimento que trabalharam nas gestões passadas têm muito orgulho do trabalho desenvolvido nas respectivas diretorias. Temos consciência da grande progresso pela qual o clube passou nos últimos anos. Mas sentimos que é hora de dar “o segundo passo”, “subir mais um degrau”. Hoje, sonhamos sonhos diferentes. É natural que haja divergências de entendimentos depois de tantos anos. Respeitamos o que foi feito, mas queremos evoluir. Avaliamos que o momento, agora, é de implantar uma gestão mais planejada, racional, responsável, profissional.

 

Como presidente do Corinthians você vai querer negociar o nome do Estádio, comercialmente?

Com certeza é um ativo comercial importante. Infelizmente colocaram na cabeça do Corinthiano que isso seria fácil e que o valor seria alto. Os exemplos mais recentes no futebol mundial mostram que a realidade é outra (exemplo, naming rights do estádio da Juventus de Turim). Sobrou otimismo e faltou estudo de mercado. Temos que voltar à realidade e discutir valores e prazos que possam atender o mercado publicitário, principalmente pq esse é um mercado ainda incipiente no Brasil.

De qualquer forma, o mais importante é fazer o Estádio gerar receitas por múltiplos tipos de fontes e não ficar dependendo exclusivamente de “naming rights”.

 

Em caso positivo vai contratar uma agência de publicidade para fechar o negócio em até 90 dias pagando os 20% legais de comissão á agência ou vai negociar sozinho e estipular uma comissão de 30% para sua equipe de auxiliares?

Vamos estudar a melhor forma. Mas acredito que vale para qualquer negociação comercial, se vier uma proposta direta, não tem sentido ter qualquer tipo de comissão. Se a proposta vier através de uma agência, vamos negociar de acordo com o mercado. Aliás, esse tem que ser o critério em qualquer contração do clube.

 

Pretende fazer um projeto para voltarmos a formar e revelar jogadores na base ou vai continuar trabalhando com jovens que já chegam empresariado se para jogar nos nossos times infantis e juniores?

Nossa proposta, que aos poucos estará amplamente divulgada, contempla a formação e captação de atletas para utilização na equipe principal.

Inclusive temos estudos que mostram a importância de termos uma “Equipe B” para dar tempo de maturação a atletas que precocemente são negociados ou descartados.

Pretende abrir o Parque São Jorge para visitação pública cobrando ingressos simbólicos a RS 5,00 ou RS 10,00 com a finalidade de angariar mais sócios para o clube e mais clientes para os bares e restaurantes internos?

O aumento da base de associados e, consequentemente, do fluxo de pessoas dentro do clube é um desafio que qualquer gestão deve enfrentar. Junto com o aumento da base deve-se pensar também em atividades e serviços para as famílias, em especial para as crianças e mulheres. O Corinthians é de todos os Corinthianos. É preciso facilitar a entrada do Corinthiano no Corinthians.

 

Muitas vezes a imprensa solta noticias e faz comentários que chegam a ofender a instituição como no caso da apresentadora da Bandeirantes que chegou a acusar o Jô de ladrão e o portal do grupo Folha que insinuou que o Corinthians teria oferecido uma mal branca de R$500.000,00 ao Cruzeiro, após empate contra o Palmeiras em 2×2. O pior desta historia foi que UOL sustentou uma historia que não tinha o(as) nome(s) de quem pagou(ram) ou quem recebeu(ram). Além do club Cruzeiro e atletas terem negado o ocorrido em comunicado oficial. Posto isto, qual tipo de relação o clube(assessoria) terá  com a imprensa? 

 

A Comunicação (política de comunicação integrada com as instâncias técnicas , administrativas e políticas), assim como a Liderança e a Qualidade do Jogo serão os pilares estratégicos do clube. É preciso fazer tudo com método e preparação. Não podemos agir por impulso, no improviso.

 

O que o senhor pensa sobre o Fiel Torcedor com direito a voto?

É um tema muito polêmico dentro do clube que demanda uma ampla discussão, tendo em vista o impacto que teria no dia a dia do clube social e seus poderes constituídos. Soa estranho um fiel torcedor, que não pode sequer entrar no clube social, decidir o que será do clube; da mesma forma soa estranho que apenas 4 mil pessoas possam decidir o futuro de uma nação de mais de 30 milhões de torcedores. Certamente precisamos ampliar a base de associados e de votantes. Talvez devêssemos, inicialmente, partir de um movimento contrário. Tornar todo associado um fiel torcedor. Talvez essa seja uma primeira iniciativa para incentivar mais adesões ao clube social.

 

Marketing do Corinthians é muito criticado por não ser próximo da história do clube. Comente

Realmente penso que nesses últimos anos houve um distanciamento do “time do povo”. Talvez o que chamamos de “branding” – a grosso modo, o “posicionamento da marca” –  não esteja ajustado; a chegada do novo estádio numa região popular e populosa não está sincronizada, muito pelo contrário, parece que o estádio não pertence àquela região. Temos algumas propostas de trabalho com as comunidades que aliariam inovação social x branding x formação de atletas. Vamos apresentar a ideia da “Fundação Corinthians”.

 

Neco(Núcleo de Estudos do CORINTHIANS) ele trata da história do clube. O senhor pensa em dar apoio e estar próximo deste núcleo?

Acompanho e gosto muito do trabalho do NECO. Tenho contato direto e muito apreço a um de seus coordenadores, o Rafael Castilho. Com certeza deve ser difundido, de repente até incluído no escopo da Fundação. Gostaria muito de ver o material publicado em livros, cartilhas ou até em material de estudo para divulgação da nossa história.

 

Quando serão vendidos os CID´s? E como faze-los?

Quando a situação com a construtora, o fundo e a Caixa for resolvida. Questão difícil de responder aqui numa pergunta simples, mas temos que negociar de maneira muito dura com todas essas empresas para garantir uma solução duradoura e sustentável para o clube. A ação judicial promovida pelo Ministério Público prejudicou muito a venda. Mas eles já perderam em primeira instância e deverão perder no Tribunal. Sem o processo, os CIDs recuperam valor de mercado.

Qual será sua relação com as organizadas sendo presidente? Concorda com a proposta de biometria somente para torcedor organizado? O que acha sobre a proibição das bandeiras, instrumentos e fumaça?

A relação tem que ser institucional e muito transparente. Penso que o estádio é um lugar de alegria, de festa, de convivência pacífica. Não pode faltar comida, bebida, música, bandeiras. Defendo e muito a volta da festa. Mas enquanto for proibido, não podemos deixar de cumprir com os regulamentos e com a lei. Não tem sentido a biometria apenas para um setor do estádio. Se é um fator de segurança, que se implante em todos os setores de forma uniforme. Todos os Corinthianos são iguais.

O Corinthians vai continuar fazendo parceria para futebol feminino ou o Corinthians vai formar um time cem por cento do clube?Existe um projeto para dar mais apoio às meninas?

O futebol feminino agora é obrigatório por lei. Então, temos que nos organizar para fazer da melhor maneira possível, dando condições para a prática profissional plena, criando as categorias de base, formação, enfim, toda a estrutura necessária. Enquanto não conseguirmos ter essa estrutura toda nossa, podemos nos valer de parcerias.

 

Como fazer a Arena ser rentável? Ela terá gestão do clube ou profissional?

Pensamos numa gestão profissional, fiscalizada pelos diretores estatutários do clube. Temos que abrir o estádio todos os dias, temos que ter fluxo de pessoas, de carros, lojas, continuar com as visitas guiadas, ações sociais, enfim, precisamos de atividades nos 365 dias do ano e não apenas nos 45 dias de jogos.

 

TV Corinthians qual papel dela e existe projeto para ela?

A TV inserida nos canais à cabo não deu certo. O futuro que deve ser estudado e explorado como uma ferramenta de marketing e também de informação ao nosso torcedor são as transmissões, os canais, via internet.

O que pensa sobre separar clube social do futebol?

É um caminho sem volta no futebol. Cedo ou tarde teremos estruturas 100% separadas. Mas não com aquela história antiga de clube empresa. Mas com gestão totalmente independente. O clube sempre vai ser o coração e ao mesmo tempo o centro nervoso do Corinthians. O futebol vai ser um dos departamentos, sendo sempre controlado pelo clube. Existem exemplos mundo afora, como nos clubes portugueses, em que estruturas empresariais são adaptadas aos clubes, aos seus valores e à sua história, sem que eles percam a sua essência. Precisamos começar a introduzir essa discussão no nosso clube. São 10 anos discutindo abertura democrática, temos agora os próximos para discutir um novo modelo de gestão e de governança do clube e do futebol.

E, ao contrário do que se pensa, essa separação será benéfica para os dois lados. O futebol independente e mais forte acabará por refletir em um clube social igualmente mais abastecido e prazeroso aos associados.

 

NOTA

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