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O preconceito racial é resultado de uma crença sem sentido da existência de raças superiores ou inferiores sem qualquer embasamento em teorias científicas, que valorizam as diferenças biológicas entre os seres humanos, justificando assim temas mais profundos como desigualdades sociais ao atribuir superioridade de alguns sobre outros.

Em 1923 um time recém chegada a primeira divisão conquistou o campeonato Carioca com uma equipe formada por trabalhadores humildes, brancos, negros e mulatos. Sem dinheiro ou posição social, tornaram o então campeão carioca o Clube de Regatas Vasco da Gama.

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O fato foi combatido pela aristocracia carioca, que acusou o time do Vasco de ser “profissional” em um futebol na época amador e em uma reunião na Liga Metropolitana, representantes de Fluminense, Botafogo, Flamengo e América defenderam a eliminação desses jogadores mais humildes.

Até hoje, o Vasco se orgulha de ter sido o primeiro clube a “acreditar no talento e na raça do povo negro”, segundo homenagem publicada nos principais jornais cariocas em 13 de maio de 1988, no centenário da abolição da escravidão.

Conta-se que o apelido de pó de arroz atribuído ao Fluminense se deve ao jogador do Fluminense Carlos Alberto. Durante uma partida de seu clube contra o América, pelo Campeonato Carioca de 1914, a maquiagem que usava começou a escorrer, revelando sua verdadeira cor. A torcida adversária não perdoou e lhe atribuiu o apelido de Pó-de-Arroz. Em São Paulo, Arthur Friedenreich ou “El Tigre” como costumava ser chamado, também driblava a aparência para parecer branco, alisando o seu cabelo. Isso por que era o principal jogador brasileiro na época.

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Arthur Friedenreich ou “El Tigre”
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Carlos Alberto

 

 

 

 

 

 

 

 

Em 2005 o zagueiro Argentino Leandro Desábato chamou o atacante brasileiro Grafite de “negrito de mierda” em um jogo entre São Paulo e Quilmes pela taça libertadores da América. O jogador Argentino foi preso por crime de racismo e pagou uma fiança de 10 mil reais.

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Temos várias histórias relacionadas ao racismo, preconceito e discriminação existentes no futebol. Hoje comemoramos o dia da consciência negra, data criada para a reflexão da inserção do negro na sociedade brasileira.

E a participação é destacada. O maior jogador de futebol de todos os tempos é brasileiro… Edson Arantes do Nascimento formava em esquadrão Santista que orgulhava o Santos e o Brasil pelos gramados onde passavam.

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O manto todo branco do time santista era vestido por craques negros, como Dorval, Mengálvio, Coutinho e Pelé… além de Pepe! Em suas histórias, Pepe conta que em certo momento o centroavante Coutinho começou a jogar com uma fita no braço. Ao ser questionado do porquê jogava com a fita, dizia que toda vez que saía um gol bonito era o Pelé… quando perdia um gol era o Coutinho.

Não me permito analisar nada sobre o ponto de vista da participação de negros e brancos não só no futebol como em qualquer setor de atividade humana. Parto do princípio que todos somos iguais e não abro sequer discussão sobre isso.

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 Mas proponho a reflexão sobre a influência não só do negro como da cultura africana no esporte das multidões. O jornalista Mario Filho, irmão de Nélson Rodrigues e que dava o nome para o Maracanã publicou uma obra intitulada “O Negro no Futebol Brasileiro” que conta como foi dura a batalha para a inserção do negro e das classes mais pobres dentro do futebol. E curiosamente essa batalha que levou o crescimento fabuloso e a popularidade desse esporte no mundo todo.

NOTA

Não deixe de curtir nossas mídias sociais. Fortaleça a mídia negra e periférica

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Uma resposta

  1. No Basket Ball esporte que pratiquei em clubes por muitos anos certa vez sendo aceito no Clube de Regatas Tietê por ter um jogo interessante para o clube, me foi pedido na confecção da carteirinha de “sócio militante” SÓ PODIA JOGAR BB e nada mais, foi pedido para mim e outro amigo negro ele mais claro que eu para que passássemos pó de arroz no rosto para ficar mais claro na foto 3 X 4, recusei e fui jogar num outro clube Associação Atlética São Paulo, convidado por um amigo que jogava por lá, clube este bem próximo de Tietê, não fiquei por muito tempo num dia de jogo estava colocando o uniforme, era o último no vestiário por iniciar alongamento logo ali, chegaram uns homens se dizendo da diretoria e que era para não vestir o uniforme EU ESTAVA SENDO EXCLUÍDO DO CLUBE, sem mais nem menos, ao sair meio chateado, encontrei uma viatura de polícia, fui relatar aos policiais o ocorrido que de cara me perguntaram se tinha testemunha do fato, disse que não, eles logo disseram; se quiser ir pra delegacia te levamos mas sabemos de ante mão que não vai dar em nada se não tem testemunha, procuro o Corinthians, também tinha amigos por lá, começo os treinos bem mais tranquilo por ter muitos outros de minha etnia por lá, mas o acontecido não saiu da cabeça, presto vestibular em Mogi das Cruzes queria voar mais alto, (jogar na liga universitária) e foi o que aconteceu joguei por quatro anos pela Fac. Náutico Mogiano conclui o curso de Ed. Física, depois fiz mais uma Fac. de ED. Física para complementar o conhecimento adquirido, hoje sou Professor Educador, Físico com duas pós orientando ex- alunos do fundamental e médio no que é entrar e ser um Academicista, o que ficou para mim que hoje entendo foi: O QUE FIZ DE MIM PELO QUE FIZERAM À MIM…sem traumas, feliz e realizado tanto profissional com pessoalmente, com filhos e contas a pagar como qualquer Pai presente.

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