Considerando as promessas científicas, assim como, os avanços tecnológicos e jurídicos, o mundo deveria se tornar um lugar melhor a cada dia, no entanto, lamentavelmente não é isso que acontece. A cada dia que se passa o mundo e, principalmente Estados do Brasil, como São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia revelam suas capitais como as mais perigosas e violentas com um elevado grau de envolvimento dos agentes de segurança publica dessas capitais.
Segundo os dados oficiais da Secretaria da Segurança Pública (SSP) mostram que policiais militares e civis mataram 459 pessoas nos primeiros seis meses do ano, no primeiro semestre de 2017, o que configura estatisticamente que os policiais mataram o maior número de pessoas nos últimos 14 anos no estado de São Paulo.
Os dados supra citados traz a reflexão de que o mundo, não só está inadmissivelmente permeado pela dor da violência, em especial nas capitais mencionadas, como estes dados também significam que ainda temos um longo caminho à percorrer e, que nossa luta por justiça, por igualdade de oportunidade, por liberdade ainda está longe de ser alcançada em sua plenitude.
Uma luta que se dificulta ainda mais, porque não obstante nossos inimigos já declarados, de vez em quando fazem brotar no meio de nós alguns capitães do mato. São tão astutos e articulosos que fazem brotar sem que o movimento negro saiba ao certo explicar de onde surgiram e onde foram criadas estas cobrinha.
Entretanto, tudo isso não nos assusta, apenas sinaliza que a luta ainda está longe do fim, que ainda precisamos de pessoas com coragem e vontade de mudar o mundo e o estado das coisas. Esta confiança de que poderemos mudar o estado de sofrimento e desrespeito de direitos sofrido pelo povo negro brasileiro vem do fato de que nos últimos anos tem surgido inúmeros grupos sociais de combate ao racismo a discriminação. Todavia são ainda insuficientes por essa razão é profícuo que surjam muito mais. Não podemos esquecer o bom e velho ditado que diz “a união faz a força”.
Neste diapasão, o Clã da Negritude se posiciona como um grupo aglutinador, aberto à todas as pessoas. Temos, assim, como objetivo maior corrigir as dissonâncias do preconceito, da discriminação racial, social, de gênero e religião. Consequentemente em um futuro próximo viveremos em um Brasil com melhores condições, com mais igualdade material e formal. Por estas razões em nosso Clã todos (as) são bem vindos (as).
Todos (as) podem colocar seu tijolo na construção deste Brasil “sem distinção de qualquer natureza”, como descreve o artigo 5º da Constituição Federal!!
Parabéns a todos(as) que estivem conosco em mais uma etapa desta jornada.
Clã da Negritude!
Texto de: Estevão Silva é graduado em Direito pela UNESP. Lançou o livro: “Vozes Emergentes: Educação e questões Étnicos Raciais” – 2016. Trabalho no escritório Estevão Silva Advogados Associados. Presidente da ONG: “Clã da Negritude”. É advogado do “Instituto Cultural Filadélfia” e a da “Associação Internacional Islâmica para o Ensino do Alcorão e Sunnah no Brasil – Ummah Brasil”. É membro da Comissão do Advogado no Tribunal do Júri. Consultor e palestrante na área de discriminação e racismo.
nota: texto de responsabilidade do Coletivo Clã da Negritude