Gosta de games e até hoje tem seu Atari ou Mega Driver? Sabe de cór a trilha sonora do Top Gear, do Super Nes ou tem revistas antigas? Joga Candy Crush no celular? É o Neymar do PES e do FIFA? Este foi seu evento. Aconteceu entre os dias 11/10 à 14/10/2017 na Expo enter Norte o maior evento de games da América Latina, a Brasil Game Show. O Jornal Empoderado foi visitar a feira e trazer um pouco da experiência de gamers, produtoras, expositores, convidados e fans de games.
Chamou atenção a quantidade de crianças menores de dez anos, mulheres e colaboradores portadores de necessidades especiais, igual a Lina de Souza?que trabalha já a mais de cinco anos com eventos.
Difícil dizer qual estande era mais concorrido dentre tantas opções tão. Destaque para os espaços que contaram com bate-papo com Hideo Kojima – designer e lenda no mundo dos games, Nolan Bushnell – Fundador da Atari (Mais que uma lenda) e Ed Boon – criador do Mortal Kombat (lenda dos jogos de lutas). Todos esbanjaram simpatia e atenção para com seus fans.
Um estande muito visitado foi o de “Evolução dos Games”. Ver pais trocando figurinhas com seus filhos sobre a história dos video-games e de aparelhos que os pequenos nem imaginam como funcionavam foi bem divertido. Os pais falavam com saudosismo e carinho e os filhos olhavam e prestavam atenção em tudo que era visto e dito.
Jogos Clássicos
Eram mais de 300 lançamentos para PC, Play4 (Sony) e XboxOne (Microsoft); jogos como Assassin’s Creed Origins, South Park: A Fenda que Abunda Força, Playerunknown’s Battlegrounds, Far Cry 5, Gran Turismo Sport, Monster Hunter: World, Black Desert Online, Marvel vs. Capcom: Infinite, Cuphead, Terra-Média: Sombras da Guerra, Destiny 2, Detroit: Become Human, Sea of Thieves, Super Lucky’s Tale, Dead Rising 4, Minecraft, Cash Bandicoot N. Sane Trilogy, Horizon: Zero Dawn, Uncharted: The Lost Legacy, Knack II, FIFA 18, Gwenty, Battlefield 1: Revolution, Summoners War, Necrosphere, No Heroes Here, Keen, Cruz Brothers, The Inpatient, Star Child, Moss, The Persistence, Resident Evil 7: Biohazard, Batman: Arkham VR, Forza Motorsport 7, Call of Duty: WWII, entre outros.
Fique agora com um pouco da BGS 10.
Fotos:Anderson Moraes
Os pequenos aproveitaram
Olha quem veio na BGS!
Momento Mortal Kombat com Ed Boon
Momento fã e zerando a vida com meu ídolo Nolan Bushnell, fundador da Atari e criador do Atari2600 – Pai dos Games.
Batemos um papo com o jornalista e gamer Volney Tolentino, do site Cebola Verde.
JE: Fale pouco do seu trabalho a frente do Cebola Verde.
Volney: Eu comecei o Cebola por hobby mesmo, há um ano atrás por causa da greve em meu colégio, e hoje, ele conta com um público bastante fiel e continua crescendo. Sou CEO, designer, diretor de comunicações e “repórter”, essa mistura toda. Contamos com parcerias de empresas estrangeiras e sempre queremos inovar. Nossa ramo principal é o cinema!
JE: Parece ter aumentado o número de pessoas negras envolvidas com mundo nerd e games?
Volney: Olha, eu acho que nem tanto. Continua muito pouco do que se espera. Aqui no Rio nas cabines de filmes para a imprensa, apenas duas pessoas são negras de 30, em média. O pessoal que vai em evento ainda aparece em massa, mas nada exorbitante. E um exemplo são os youtubers “profissionais”, você quase não consegue ver um negro, acho que só tem um que faz bastante sucesso nessa área por enquanto. E aqueles que desenvolvem jogos, quase não existe, para ser sincero. Posso ter falado mentira, mas é raro ainda, muito.
JE: Pantera Negra, o Filme, séries com Luke Cage e jogos de vídeo game com protagonista negro como Linconl Clay, de Mafia 3. Isto ajuda a chamar mais negros (as) para eventos cono a BGS?
Volney: Com certeza, nos sentimos representados. Temos a sensação de fazer parte daquilo que jogamos, que é possível ser um super-herói independente da cor, pois há variação e isso é sempre importante. E claro, a ideia de inferioridade, em que o negro é apenas coadjuvante, é jogada para escanteio!
JE: Qual sua avaliação da 10º BGS?
Volney: Foi a minha primeira BGS, eu curti bastante e achei sensacional. Com toda certeza irei voltar ano que vem, fiz amigos, troquei experiências e me senti acolhido pelo povo de São Paulo. E o mais legal foi que ninguém me olhou com cara de nojo por ser negro ou novo (18 anos), aqui no Rio ainda tem muito isso.
JE: Como é ser jornalista de entretenimento, no Rio?
Volney: Vixe, complicado dizer. Por ser novo, o pessoal daqui é bem fechado ou bastante leigo no assunto. Tem um certo preconceito quando falo que sou crítico de cinema ou até mesmo jogador, e claro, também tem aquele estereótipo ridículo que não irei entrar no caso. Mas com muito foco e força de vontade, vou fazendo o meu trabalho e mostrando que é uma coisa séria!