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Por Vanessa Felippe

 

No último dia 03/07/17, Parque do Carmo – Zona Leste de São Paulo,  Camila Rodrigues da Silva, fez uma sessão de fotos com o fotografo Reginaldo Marciano para conscientizar as mulheres que estão enfrentando a mesma doença que ela, o câncer. Para ajudar outras mulheres ela fez essas fotos um dia antes de realizar a cirurgia de mastectomia, onde retirou todo o seio. Esperançosa e sorridente, fez com que cada click se tornasse especial. Camila está com 35 anos hoje, é mãe, filha, guerreira e batalhadora. Ela é cabeleireira e se emocionou ao responder o que significa para ela perder os cabelos. 

CR: Eu tinha um cabelo loiro lindo, e começou a cair nas primeiras sessões de quimioterapia. Quando percebi isso,resolvi raspar toda a cabeça, ia ser menos dolorido não ter de ver pelo chão aqueles fios todos. Hoje eu me aceito careca.

JE: Como descobriu o câncer?

CR: Em Outubro do ano passado, eu apalpei meus seios e senti em um deles uns nódulos. Foi ai que minha batalha começou.

JE: Como reagiu a descoberta?

CR: Foi um ” baque” meu chão desapareceu, chorei, não acreditava. Foram dias difíceis até sair o diagnóstico.

JE: Qual o tipo de câncer?

CR: Não sei, só sei que são três nódulos e cada um age diferente, tem tamanhos diferentes e funções agressivas diferentes. Os médicos vão me falar depois de fazerem a biopsia.

JE: Qual o tipo de tratamento?

CR: Fiz quimioterapia. Só que eu não conseguia ir frequentemente pois minha imunidade está muito baixa e eu não consigo sair de casa as vezes.

JE: O uso de lenços e wigs( perucas ) te deixam constrangida?

CR: Não. Eu uso as vezes, mas não me adaptei ainda.

JE: Como foi contar a família e como reagiram?

CR: Foi difícil e ao mesmo tempo triste. Meu filho, minha mãe… Como eu podia chegar aquela hora e falar, eu estou com câncer? Mas eu falei. Um misto de sentimentos passou na minha mente naquele momento. Foi difícil.
Eles me ajudam e apóiam, estão sempre ao meu lado. São meus presentes de Deus.

JE: Como é seu relacionamento com amigos(as), no trabalho, vizinhança?

CR: Estão todos me apoiando tbm. Minhas amigas da época de escola estão próximas, elas fazem chás da tarde, fazem graça, contam histórias, tudo para me colocar para cima e não deixar eu pensar na doença. Elas me poem para cima.

JE : O que mudou na sua rotina?

CR: Agora tenho algumas restrições, não saio muito, trabalho quando dá, mas procuro não parar, faço alguns cabelos de clientes minhas e assim vou levando.

JE: Como vc encara o dia a dia?

CR: De frente. Foi um “baque” mas eu tenho fé que tudo ficará bem. E que no final vou vencer.

JE: O que as mulheres que estão enfrentando a mesma situação que vc está enfrentando, podem fazer para amenizar o tratamento?

CR: Procurarem pessoas que realmente estão ao lado delas. Um abraço, uma palavra amiga nessas horas aliviam a dor. Não se isolam pois sozinhas não somos nada.

JE: Qual será a primeira coisa que irá fazer quando se curar?

CR: Continuar vivendo. O que farei não sei ainda. Mas sei que vou viver ao lado da minha família e amigos.

JE: O que significa essa sessão de fotos para vc e por que decidiu fazer?

CR: Sempre quis fazer um ensaio. E a oportunidades veio quando o Reginaldo Marciano, fotógrafo e amigo me fez o convite. Aceitei na hora, pois com as minhas fotos eu poderei passar uma mensagem positiva para todas que estão na mesma situação igual a minha.

JE: O que pretende com essa matéria?

CR: Mostrar as mulheres que mesmo sendo dolorido não sendo fácil, elas continuam lindas, belas. A essência está ali, elas estão vivas. Então que elas vivam a vida da melhor forma. Pq se Deus permitiu isso é para que possamos sair mais fortes dessa fase que logo passará.

JE: Se pudesse voltar a trás o que mudaria?

CR: Vivi bastante… Mas se pudesse, não deixaria minha família, minha mãe, meu filho de lado sem atenção por causa de baladas, festas etc… Pois hoje, eles que estão ao meu lado me apoiando.

JE: Deixe um recado para todas que estão lendo.

CR: Não desanimam, viva cada minuto como se não tivesse outro, não se isole da família, não se deixem abater por conta dos problemas. Pense que vc tem uma ferida que logo estará cicatrizada e curada. Viva a vida.

Ao final dessa matéria, Camila estava mais sorridente, em seu olhar havia um brilho de esperança e missão cumprida. Para nós foi um prazer inenarrável conhecer um pouco dessa mulher que não se deixa abater e quando percebe que está caindo, logo dá um jeito de se levantar. E o grupo Interagindo com Laces, um grupo do Facebook que ajuda as mulheres a usarem as lace wigs ( perucas realistas) a se aceitarem se sentirem empoderadas, fundado por Vanessa Felippe esteve nessa sessão de fotos conosco e nos apresentou um texto que é lido as mulheres que estão passando por uma doença severa ou que estão com a auto estima baixa.

QUANDO ME AMEI DE VERDADE.

Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato.
Então pude relaxar.
Hoje sei que isso tem nome… auto-estima
Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra minhas verdades.
Hoje sei que isso é … autenticidade
Quando me amei de verdade, parei de desejar que minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento.
Hoje chamo isso de … amadurecimento
Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesma.
Hoje sei que o nome disso é … respeito
Quando me amei de verdade, comecei a me livrar de tudo que não era saudável, pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início minha razão chamou essa atitude de egoísmo.
Hoje sei que se chama … amor-próprio
Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro.
Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo.
Hoje sei que isso é … simplicidade
Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei muitas menos vezes.
Hoje descobri a … humildade
Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente que é onde a vida acontece.
Hoje vivo um dia de cada vez.
Isso é .. plenitude
Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada.
Tudo isso é … Saber Viver

( Charles Chaplin)

 

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NOTA

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Respostas de 3

  1. Estou chorando de emoção aqui ao imaginar a felicidade da Camila Rodrigues …?????????????? obrigada a todos que fizeram um pouco da história dela se tornar pública e assim concientizar as mulheres a se tocarem, se amarem, se empoderarem e acima de tudo perceberem que o fim pode ser o começo de tudo. Só gratidão aqui Anderson Moraes, Juliana Bomfim, Reginaldo M. Silva e ao jornal Empoderado ❤❤❤❤

  2. Estou chorando de emoção aqui ao imaginar a felicidade da Camila Rodrigues …?????????????? obrigada a todos que fizeram um pouco da história dela se tornar pública e assim concientizar as mulheres a se tocarem, se amarem, se empoderarem e acima de tudo perceberem que o fim pode ser o começo de tudo. Só gratidão aqui Anderson Moraes, Juliana Bomfim, Reginaldo M. Silva e ao jornal Empoderado ❤❤❤❤
    Obrigada pela confiança Anderson.
    #juntassomosmaisfortes

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