Seu sonho, era ver seus filhos e sues irmãos de raça, serem julgados e considerados pelo seu caráter pessoal e não pela cor da sua cútis. 50 anos depois; nos dias de hoje, esse sonho ainda não foi alcançado, mas é um sonho sonhado, por milhares de pessoas, que acreditam e lutam, para que ele seja realizado.
O jovem Martin Luther King Jr. nasceu no dia 15 de janeiro de 1929, na cidade de Atlanta, no Estado da Geórgia. Á época os Estados Unidos, mantinham leis de segregação racial, que proibiam os negros, de utilizarem os mesmos espaços, que os brancos, em instituições públicas e privadas, no serviços de saúde, moradia, educação, emprego, transportes, serviço militar e não tinham direito ao voto.
Filho e neto de pastores protestantes Batistas, iniciou seus estudos em escolas públicas segregadas, mas graduou-se no prestigioso Morehouse College no ano de 1948, tendo se formado em Teologia pelo Seminário Teológico Crozer e, em 1955, concluiu o doutorado em filosofia pela Universidade de Boston. onde conheceu sua esposa, Coretta Scott King, com quem teve quatro filhos.
Em 1954, passou a exercer o cargo de pastor, em Montgomery, capital do estado do Alabama; King se tornou um ativista da causa dos direitos civis dos negro, quando se envolveu no incidente de Rosa Louise McCauley, que ficou conhecida como Rosa Parks e por se recusar a ceder seu acento, num ônibus, para um homem branco e foi presa e torturada, por isso.
Luther King, liderou em 1955, um boicote á empresa de ônibus de Montgomery, que se arrastou cerca de 1 ano, Martin chegou a ser preso neste período, mas ao final obteve sua primeira grande vitória, levando a Suprema Corte Americana, a decretar o fim da segregação racial nos transporte público norte americano.
Em 1957, foi levado a presidência da C.L.C.S. – (Confederação da Liderança Cristã do sul), apliando a sua atuação como defensor dos direitos civis dos negros; utilizando-se da via pacifica inspirada na atuação do Líder Indiano Mahatma Gandhi.
No ano de 1959, retornou a Atlanta, onde assumiu o posto de vice-pastor, na igreja comandada por seu pai Martin Luther King Sr. Mas nunca deixou de atuar como ativista, em diversos movimentos de protesto, marchas e passeatas em defesa dos direitos civis dos negros.
Os mais significativos movimentos, que comandou foram: em Birmingham, no Alabama, St. Augustine, na Flórida, e Selma, também no Alabama. Nesta época Luther King foi preso e torturado algumas vezes, e sua casa chegou a ser bombardeada a mando das autoridades americanas.
Porém, foi em 1963, que ele promoveu o seu mais significativo movimento, quando mais 200.000 pessoas marcharam sobre Washington D. C. a capital Estadunidense, exigindo um basta na política de segregação racial.
Nesta manifestação, Luther King, proferiu aquele que foi o seu mais famoso discurso, que até hoje inspira as ações dos ativistas ante preconceito racial, “I HAVE A DREAM”, (Eu tenho um Sonho).
Deste movimento surgiram as conquistas das leis dos direitos civis de 1964 e a lei do direito ao voto de 1965 para os negros americanos.
Ainda no ano de 1964, foi laureado com o Prêmio Nobel da Paz; em 1967; se engajou no movimento contra a Guerra do Vietnã. Porém em 4 de abril de 1968, quando estava na cidade de Menphis, no estado do Tennessee, apoiando uma greve do coletores de lixo da cidade, na sua maioria negros, que trabalhavam e condições sub humanas, Martin Luther King Jr. aos 39 anos de idade, foi abatido com um tiro no rosto; recebido na sacada do Hotel Lorraine, que silenciou a voz mais marcante na defesa dor direitos civis dos povos negros.
A condição do negro no Brasil atual.
“Meio século depois, do assassinato de King, o racismo ainda é a forma mais clara de discriminação na sociedade brasileira. O brasileiro tem dificuldade em assumir o seu racismo devido ao processo de convivência cordial que distorce o conflito.
A discriminação racial está espalhada pelo Brasil. Escola e mídia apresentam um modelo branco de valorização. O acesso aos espaços políticos, aos bens sociais, à produção do pensamento, a riqueza, tem sido determinado pela lógica escravocrata. O espaço negro é reduzido. O negro é discriminado e não é reconhecido em suas atividades.
A discriminação indireta está internamente relacionada com situações aparentemente neutras, mas que criam desigualdades em relação a outrem. Esta última maneira de preconceito é a mais comum no Brasil.
Iniciativas para diminuir e extinguir o racismo são necessárias para a sociedade brasileira. As conquistas do povo negro e a valorização de sua identidade caminham juntas, mas são os(as) próprios(as) negros(as) que podem se deixar enganar. Até mesmo militantes do Movimento Negro deixam se entorpecer por meias conquistas, se convencendo que é pouco, mas que “é melhor do que nada”. Ainda há muito que lutar e não deixar que organizações oportunistas se apropriem das causas negras. O conformismo é um grande vilão na militância pelo reconhecimento dos direitos do povo negro“.
“fragmentos retirados de textos dos B logos Zé Moleza e Blogueiras Feminista”