Abrimos esse texto pedindo respeito aos (as) nossos (as) mais velhos (as) e assim lembramos que há quatro décadas o Brasil era um país militarizado e que, mesmo sufocadas pela violência, as vozes, jovens, negras eram bradadas e ecoavam o grito de “queremos mudar”.
Esse punho estendido, essa mão que defende e o coração que afaga o olhar com medo de quem olhava só para baixo, hoje comemora a luta de quem deu um horizonte para que a população negra tivesse esperança.
Ontem, no Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) na região central de São Paulo aconteceu o “Seminário MNU – 40 Anos De Luta Contra O Racismo” um momento de dizer quem pavimentou a estrada que hoje existe para luta preta.
Dos presentes vamos destacar quatro ótimas lideranças: José Adão de Oliveira, Milton Barbosa, Regina Lucia e Neusa Maria, histórias vivas da luta, do amor e da resistência.
Adão lembrou de alunos e alunas negras que hoje estudam e fazem dissertações sobre racismo e a causa negra. Já a jornalista Neusa lembrou da época do jornal Versus e Milton Barbosa contou ótimas histórias e distribuiu ensinamentos. A tarde foi coordenada pela Regina com sua simpatia e face doce, que escondem a mulher forte que organiza um evento desse porte.
A faísca que foi acesa lá atrás agregou quadros como Simone Nascimento, Katiara Oliveira, Douglas Belchior e Juliana que trazem o novo para a luta negra. Uma mesa muito significativa foi das “Mulheres Negras”, com Miriam Duarte Pereira – Amparar, Mara Sobral – Cooperativa Granja Julieta, Juliana Gonçalves – MMN e Luciana Araújo MNU.
Por fim, a última mesa antes do lanche e da roda de samba – sim teve festa – foi sobre ” Conquistas e Perspectivas” com Milton Barbosa, José Adão Oliveira, Regina Lúcia dos Santos e Simone Nascimento.
A chama não se apagou e nem se apagará. Obrigado MNU!
Saiba mais sobre o MNU aqui
O Movimento Negro Unificado (MNU) é uma organização pioneira na luta do Povo Negro no Brasil. Fundada no dia 18 de junho de 1978, e lançada publicamente no dia 7 de julho, deste mesmo ano, em evento nas escadarias do Teatro Municipal de São Paulo em pleno regime militar. O ato representou um marco referencial histórico na luta contra a discriminação racial no país.
Uma resposta
Parabéns a todos, aos mais jovens “sebo nas canelas” para levar adiante nossa luta!!