O rapaz Preto, de família pobre, catador de latinhas, que participou do protesto, foi preso por portar duas pequenas garrafas de produtos de limpeza (Considerado terrorismo no brasil, é serio ), considerados como Artifícios altamente explosivos pela polícia, pelo Justiça e Ministério Público. Mesmo com a existência de um laudo pericial que atestou a impossibilidade daqueles produtos serem utilizados como bombas, Sendo assim a justiça o absolveu , SQN, e foi direto e com a cara mais deslavada para o famoso sistema da seletividade penal, da criminalização da pobreza e do racismo.
Estado Racista, não ficaremos de joelhos nem por um minuto, Morreremos de peito e braços abertos na luta pelos nossos irmãos (Léo Akin Olakunde )
No dia 12 de abril, dezenas de apoiadores se reuniram em frente ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro para pedir liberdade para Rafael Braga.
Rafael foi condenado a 5 anos de prisão, acusado de portar explosivo, na verdade material de limpeza, durante as manifestações de 2013. Em janeiro, quando já cumpria pena em regime aberto, Rafael foi abordado e agredido por policiais quando ia à padaria. O flagrante forjado de porte de drogas levou Rafael novamente à prisão.
Na audiência desta terça-feira, um dos PMs que deporia como testemunha de acusação não compareceu. Um policial foi ouvido, bem como uma testemunha de defesa, que confirmou as agressões sofridas por Rafael, e também reafirmou que ele não trazia nada consigo no momento em que foi preso.
Uma nova audiência foi marcada para o dia 11 de maio.
Rafael, jovem, negro, o único condenado das manifestações de 2013, continua preso.(Justiça Global)
“Como acreditar num sistema que pega um homem preto com pinho sol na mão e faz dele um grande terrorista !
Isso é o Brasil racista e Machista de todos os dias”
https://www.youtube.com/watch?v=ZNjiIMCsggg
Após dois anos das jornadas de junho, jovens ativistas dialogam sobre racismo e seletividade penal. Gravado no Instituto de Pesquisa das Culturas Negras no Rio de Janeiro. Direção e Edição: Savana Fontes, Diego Felipe Souza, Hugo Labanca e Alexandre Palma. Músicas: Hagua / A Carne (Seu Jorge) e Sem se Vender (Mc Lápide e Jardel 77). RJ, junho de 2015.