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A mídia tradicional está dando lugar para a mídia alternativa num Brasil turbulento

 

Hoje se iniciou o 15º Congresso Estadual dos Jornalistas, realizado no Sindicato dos Jornalistas de São Paulo com o importante tema, “Os jornalistas e seus direitos em tempos de golpe”, com a participação do professor Laurindo Leal Filho, da Escola de Comunicações e Artes da USP; da jornalista Laura Capriglione, dos Jornalistas Livres; do jornalista Altamiro Borges, do Blog do Miro, e Douglas Izzo, presidente da CUT-SP, além de representantes da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e do Sindicato dos Jornalistas da capital paulista. 

Uma voz que foi única diante de todos os convidados é de que os tempos para o jornalista não estão fáceis e que com a reforma trabalhista só tende a piorar, porque as empresas da mídia só pensam em seguir o modelo PJ, em total abandono ao CLT e que cada vez mais elas vão investir menos, gerando muito desemprego entre a classe, mas o Sindicato dos Jornalistas que possui uma história de lutas e que de fato tem força perante os empresários farão de tudo para reverter essa situação. 

Mídia alternativa, uma solução eficaz e direta

Para Laura Capriglione, dos Jornalistas Livres a mídia tradicional está se perdendo cada vez mais nos interesses políticos e mencionou um fato histórico que acontecia com o grupo Folha na época da ditadura “O Sr Frias (Octavio, dono do Grupo Folha) era muito esperto, a Folha da Tarde representava os militares, pois o DOPS revelava quem ia sofrer algo e ela publicava, na Folha de São Paulo ela era liderada por Cláudio Abramo (jornalista que impunha as noticias imparciais, sem medo de represálias) e o Noticias Populares tinha centrais sindicais que defendiam o povo”.

Ela completa que a mídia alternativa é a que está falando o que de fato está acontecendo no país e aponta ela como um caminho no futuro, até por isso ela diz que as redes sociais são um canal poderoso para que a mídia alternativa entre cada vez mais nela “Por causa das redes sociais eu aprendi a editar vídeo, ver os algoritmos do Facebook para entender como eu posso me usufruir disso”, disse Capriglione. 

Política e decadência da mídia tradicional

O jogo de interesses ainda atiça o relacionamento entre a mídia tradicional e a política. Segundo Altamiro Borges, do Blog do Miro esse relacionamento é muito notório, principalmente quando se trata da permanência ou não do Presidente Michel Temer “A Globo quer tirar o Temer assim como ela fez com o Collor, mas o Estadão com os seus empresários burgueses, a Band com os seus agropecuários e a Record com os seus pastores querem que o Temer fica, pois coincidem os interesses”, disse. Sobre o juiz Sérgio Moro, Altamiro foi taxativo “Moro é um produto da mídia”. 

Confirmando a realidade da mídia tradicional, Borges fala que o jornalista não terá muita vez nela, porque não está mais rendendo como antigamente “A Folha que chegava à tiragem 1 milhão de exemplares alguns anos atrás, hoje mal consegue 120 mil, O Globo não chega nem 150 mil, não é mais lucrativo manter isso, é a decadência do plano de negócio”. sentenciou o blogueiro. 

 

 

 

 

NOTA

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