Pesquisar
Close this search box.

» Post

A lista de Fachin e o paradigma da política brasileira

A lista elaborada por Marcelo Odebrecht foi o assunto da semana no país. No tendencioso noticiário nacional não houve espaço para outro assunto. Antes o assunto era a crise financeira e o imobilismo do governo Dilma. Posteriormente  foi a corrupção do governo Temer, fenômeno que é inerente ao PMDB. Agora é a lista que cita um terço de todos os políticos de Brasília.

A chapa Dilma-Temer mostrou-se contaminada pelo fenômeno. Justiça seja feita, uma vez saindo a presidente Dilma, seria também conveniente que toda a chapa fosse desfeita e se anunciassem novas eleições. Justiça seja feita, não há coerência em se condenar membros da sociedade civil ( João Santana agora, Marcos Valério no passado) sem se levar políticos às grades. Seria perpetuar o erro de julgamentos pregressos.

Sobre o tema nos vem algumas indagações:

A lista tão em voga tem importância? Sim, aponta a corrupção no congresso. Mais do que isso, desvela em larga escala o fenômeno de financiamento ilícito de campanha.

A lista vai mudar a política no Brasil? Certamente que não. Ela é um recorte do processo de corrupção que desvia recursos milionários para parlamentares. Talvez possamos esperar uma mudança na legislação, no tocante às normas do financiamento de campanha. Nada disso é certo. Nosso congresso continuará corrupto.

Os parlamentares serão condenados? Esta terceira indagação parece a mais clara das três. Relembrando o longo caminho que conduziu Eduardo Cunha (PMDB) à condenação, tudo leva a crer que caminho muito maior será trilhado pelos políticos da lista até o julgamento. Os  corruptos citados tem poder. Cunha tinha sua influência. Amigos tentaram obstruir a justiça. Com a lista não será diferente. Os corruptos recorrerão às ultimas instâncias. Dificilmente condenarão a si mesmos. Muito provavelmente condenarão meia dúzia de bodes expiatórios para calar a massa.

A lista em sí não trouxe novidades. Apenas desvelou, com maiores detalhes, o mecanismo pelo qual grandes empreiteiras elegem parlamentares em Brasília. Os políticos de PMDB, PT e PSDB, entre outras siglas, são eleitos no com recursos de grandes empresas e, até o fim do mandato, privilegiam estas sobre qualquer questão. Um ou outro pode demorar-se em programas sociais, mas todos favorecem, antes de tudo, ao grande capital.

Que esse artigo se mostre equivocado nos próximos dias. Que se condenem os corruptos da tão falada lista. Essa é a expectativa do ensaísta e de todo o povo brasileiro.
1485959463_392153_1486042762_noticia_normal_recorte1

NOTA

Não deixe de curtir nossas mídias sociais. Fortaleça a mídia negra e periférica

Esta gostando do conteúdo? Compartilhe!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

» Parceiros

» Posts Recentes

Categorias

Você também pode gostar

plugins premium WordPress

Cadastro realizado com sucesso!

Obrigado pelo seu contato.

Utilizamos seus dados para analisar e personalizar nossos conteúdos e anúncios durante a sua navegação em nossos sites, em serviços de terceiros e parceiros. Ao navegar pelo site, você autoriza o Jornal Empoderado a coletar tais informações e utiliza-las para estas finalidades. Em caso de dúvidas, acesse nossa Política de Privacidade