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Folha de São Paulo e a romantização da miséria

Todos sabem que a pandemia está sendo a meu ver uma “Terceira Guerra Mundial piorada”, onde a desigualdade entre os países está cada vez mais notória e não vejo ninguém se preocupando em mudar tal situação caótica.

E a grande mídia escancara essa desigualdade de uma maneira atroz e totalmente implacável, com o agravante de querer romantizar a miséria sem a menor complacência e quer de fato enganar ou de fato mostrar ao seu leal leitor que os menos abastados estão se virando para se manter vivos, qual seja o estado em que ele estiver.

A matéria da Folha de São Paulo, um jornal robusto voltado de fato para as classes mais abastadas (83% dos leitores são da classe A E B segundo Perfil de eleitor da Folha feita em nov. de 2020) feitas pela jornalista Vitória Damasceno com o título na primeira página VISUAL DIFERENTE falando sobre as pessoa que foram despejadas das casas pelo desemprego e que foram morar em barracos e tendas é de fato muito tocante, mas esse título desarmoniza todo o bom texto de Vitória e faz crer que as pessoas queriam isso pra elas, um VISUAL DIFERENTE.

Se fosse eu que escrevesse a matéria, o título seria VISUAL DA MISÉRIA, ou ainda DESTRUIÇÃO DE VIDAS, que mostraria de uma maneira real o sofrimento dessas pessoas que querem apenas viver dignamente e não conseguem principalmente por causa de um governo negacionista e ceifador de vidas que está atualmente em nosso país.

A Folha presta um desserviço pleno a população, que mesmo que as classes menos abastadas não a leem, induzem ao pessoal da classe A E B que viver na rua em barracos ou tendas seja uma coisa exótica, irreverente por parte dos moradores, o que infelizmente é muito longe disso.

A romantização da miséria é uma forma para mascarar os problemas de uma sociedade falida e desvairada como a sociedade brasileira, ela mostra a sua hipocrisia nua e crua em não reconhecer de que os mais desvalidos não tem a menor atenção dos nossos líderes, muito pelo contrário, só tem o desprezo e a repugnância, coisa que me entristece a cada dia, pois não vejo uma solução rápida para se resolver a miséria, muito pelo contrário.

Por isso que o Jornal Empoderado na qual faço parte dá vazão, respeito e carinho ás minorias, a nossa visibilidade está cada vez mais forte no mundo digital e estaremos aqui dando total apoio a elas e denunciando essa mídia opressora que querem alienar as pessoas de uma maneira contumaz e aplacadora.

NOTA

Não deixe de curtir nossas mídias sociais. Fortaleça a mídia negra e periférica

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2 respostas

  1. Texto conciso, necessário e pontual.
    Perfeita a sua colocação e concordo plenamente com o desserviço que a mídia brasileira tem feito no atual momento. Romantizar a pobreza e a miséria sem sombra de duvidas é o lado mais negro da sociedade.

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