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Desavenças e ausências em treinamentos resultam na demissão de Valdir Espinosa no Grêmio

O Grêmio retornou na quinta-feira (10) aos treinamentos após a classificação na Taça Libertadores, ao vencer o Godoy Cruz em Poro Alegre. Mesmo com a boa fase, a diretoria informou que Valdir Espinosa, que foi técnico da conquista do mundial de 1983 com o tricolor gaúcho, foi demitido do cargo de coordenador técnico.

Espinosa informou, em entrevista coletiva aos jornalistas que estavam presentes no CT Luiz Carvalho, que foi desligado do clube por desavenças com a diretoria. Segundo o agora ex-coordenador, ele se mostrou decepcionado pela forma como foi avisado da demissão, comunicada pelo vice de futebol Odorico Roman.

“Hoje é o dia mais triste da minha vida. Me mandaram embora do Grêmio. Tivemos algumas desavenças e espero, da parte da direção, que seja dita a verdade – disse Espinosa, antes de ser questionado se deixava o clube com alguma mágoa. Com o Grêmio, nenhuma. Com a direção, exceto o presidente (Romildo Bolzan), decepção total”, completou.

Outro fato que incomodou o ex-técnico foi não ter sido avisado das ausências em viagens com o grupo. “Na viagem para Goiás, eu quase fui para o aeroporto, e seria uma grande vergonha. Eu estava fora da lista e não sabia. Nesta viagem para o Rio, que é minha casa, procurei saber para não passar vergonha. E soube que estava fora. Entendi um desrespeito. Não por não não viajar, mas não ser comunicado disto. Não sou melhor do que ninguém, mas, no mínimo, respeito, tem que ser levado em conta. Disse que não aceitava aquilo. Me disseram que tinha que trabalhar”.

Valdir Espinosa chegou ao clube junto com Renato Gaúcho em setembro de 2016, após a saída de Roger Machado. Recentemente, o ex-treinador assumiu a responsabilidade de coordenar as categorias de base e implementar a mesma filosofia do grupo principal aos garotos gremistas. Segundo Espinosa, o trabalho nunca foi terminado.

Em nota, o Grêmio informou apenas do desligamento e não deu mais detalhes do caso. Confira a nota:

O Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense comunica que Valdir Espinosa não responde mais pelo cargo de Coordenador Técnico do Clube para o restante da temporada.

O Grêmio agradece os serviços prestados até aqui e deseja êxito na sequência de sua trajetória profissional.

(Foto: Rodrigo Rodrigues/Grêmio)
(Foto: Rodrigo Rodrigues/Grêmio)


Um outro lado

No entanto, um outro lado dessa história mostra que os desentendimentos de Valdir Espinosa e a diretoria do Grêmio eram antigos e comuns. Em uma reportagem publicada pelo UOL Esporte, pessoas presentes no dia a dia do clube disseram que Espinosa não comparecia aos treinamentos ou momentos importantes do clube, além de ter frequentado pouco o CDD (Centro Digital de Dados) e colecionado problemas de relacionamento.

Um dos auges dos problemas ocorridos no clube foi quando Espinosa foi questionado sobre sua função no clube e a falta de resposta gerou contestação. “Até poderão dizer: perguntaram qual a minha função? Eu falei: não sei. Eles se surpreenderam”, admitiu o ex-coordenador em entrevista ao portal UOL.

As ausências nas últimas viagens também foram um empecilho para bom relacionamento. Espinosa questionou sobre sua posição em observar jogadores da base.

“Não é não viajar, mas não ser comunicado que não iria. Não sou melhor que ninguém, mas tenho uma história no clube que no mínimo o respeito tem que ser dado. Eu disse que não aceitava aquilo. Disseram: Tu tinhas que trabalhar. Dando os horários da base, Sub-17, Sub-15, Sub-12, marcando onde eu tinha que comparecer para ver os treinamentos, só para ver quem era bom e era ruim. Eu disse: Gente, pera aí. Nunca disse: sou campeão do mundo e da Libertadores, mas parece que vou ter que dizer. Que um campeão assim não fica na arquibancada vendo garoto”, disse.

Renato desconversa

Renato Gaúcho também teve alguns problemas e reclamou de atitudes de Espinosa. Questionou a conduta do coordenador e já não fazia sua defesa como antigamente. Renato participou do processo de demissão e sabia do que ocorria.

Em coletiva nesta sexta-feira (11), o técnico tratou de minimizar a polêmica e focar no trabalho gremista.

“Sem dúvida alguma, fiquei triste. Além de um grande profissional o Espinosa é meu amigo particular. Mas tem coisas no clube que não cabem ao Renato decidir. No clube há e hierarquia. Fiquei sabendo depois do treinamento do problema, que o Espinosa falou com vocês, depois ele falou comigo. Fica difícil a minha posição, falar muito. Mas no clube existe uma hierarquia. Eu sou empregado do clube como ele também era. Não cabe a mim decidir, eu apenas acato o que acontece dentro do clube”, disse.

Renato Gaúcho ainda disse que não há qualquer indício de crise no Grêmio com a saída de Espinosa.

“Eu queria falar para vocês que ouvi pessoas falando em crise no Grêmio. No Grêmio não tem crise. A única crise que pode entrar no Grêmio é quando o time não conquistar as vitórias. E estão acontecendo. A única coisa que pode gerar uma crise é a falta de resultados. Não a falta do Espinosa, do Renato ou outra pessoa. A crise só vai existir sem os resultados”, concluiu.

NOTA

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