Evento traz novidades para todos os tipos de gostos
O Club Homs é um local histórico onde a comunidade negra fez e ainda faz seus bailes, na Avenida Paulista, região central de São Paulo. E o dia foi repleto de animes, sandes lotados, bate-papos é muito quadrinhos. Um evento muito bem organizado pelo Edson Diogo. Mas o que chamou a atenção foi a quantidade de expositores negros. Quatro obras que mostram a representatividade e qualidade do material dos ótimos artistas aqui em baixo representados:
- Herói, do Pecus Bellum – Publicação: Afrodinamic Produções
Obra que trata do universo de Hakim, um garoto com superpoderes, além de ser arqueólogo, explorador, entre outras qualidades.
- Nada Importa, de Hugo Nanni e Paco Steninberg
Uma obra necessária para abrir os olhos e dar um passo na luta contra temas como racismo e depressão de forma tão direta.
- Orixás – Do Orum ao Aye e Orixás
- O Dia do Silêncio, de Alex Mir e Omar Viñole – Publicação: Petisco
Um dos destaques da feira foi o escritor, roteirista e editor Alex Mir. Autor de obras como Defensores da Pátria e Tempestade Cerebral, O Mistério da Mula sem Cabeça, A Mão e a Luva (em quadrinhos) e Muiraquitã e a Fúria do Anhangá. Além de vencedor do Troféu HQMix 2010, como roteirista revelação. Orixás – Do Orum ao Aye, trata do mundo das histórias que eram antes partilhadas só por quem frequenta(va) os lugares sagrados onde se cultuam(vam) os orixás. Um álbum primoroso que eleva o debate e mostra a importância de se posicionar dentre as grandes obras do gênero. Um tema tão importante para a população negra e os que são adeptos das religiões de matrizes africanas.
Na sequência tem o vol. 2 de O dia do silêncio, que mostra como a mitologia africana é rica e merece ser explorada por todas as mídias. Duas obras que devem estar na prateleira de estudiosos do tema, iniciados na religião, simpatizantes e de amantes de quadrinhos. AXÉ!
O dia ainda teve quiz, promoções e autógrafos.
Francisco Marcatti
Para fechar, teve o Jota Silvestre num bate-papo informal, que mostrou a necessidade de lidarmos com a representatividade. Continuou falando que se deve tirar os “raivosos” dos debates para que possamos avançar em temas como a presença de protagonistas e heroínas menos sexualizadas, mais negros, indianos, ou seja, que tenha mais diversidade e representatividade como Carol Danvers – Miss Marvel, Riri Williams – Mulher de Ferro e Mile Morales – Homem Aranha.
Existem excessos, porém, é importantíssimo vermos uma Feira de Quadrinhos tão importante com estantes com Germana Vieira e Renata C B Lzz, Cristina Eiko (autoras e desenhistas), Alex Mir (escritor), Hugo Nanni, Pecus Bellum… Hoje ainda tem o Festival Guia dos Quadrinhos. Corra para lá!
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