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O mundo virtual e suas consequências

Nesta quarta-feira (29/07), o estudante, Matheus Borba, compartilhou no Facebook uma reportagem que relata ataques sofridos pela Natura, após colocar Thammy em campanha do Dia dos Pais, ele comentou: “RIDÍCULO! Esse troço NÃO É! NÃO FOI! E NUNCA SERÁ PAI! Pai é aquele que nasce homem (obv existe as mães que fazem papel de pai, mas NÃO são pai) (sic).

 

Rapidamente, os internautas se posicionaram contra. O Jornal Empoderado conversou com Matheus Borba para saber o porquê de tal posicionamento.

“O que aconteceu, foi que eu expressei minha opinião sobre um assunto, eu que cresci em um lar cristão, passei pela Igreja Católica, Igreja Universal e Plenitude do Trono de Deus, e pelo próprio fato de ter bases bíblicas que nos ensina, que é errado, considero errado. Respeito, mas, não acho certo!

O grande mal da sociedade de hoje, é querer impor as coisas às pessoas. Comecei no Carnaval em 2015, na Escola de Samba Vai-Vai, passei pelo Barroca, fui um dos fundadores da Império Real, passei pela Lavapés, Peruche, Mocidade Alegre, São Clemente, Dom Bosco e Imperador do Ipiranga.

Desde janeiro de 2020, eu recebi uma proposta de uma Faculdade para estudar Teologia e Eclesiologia no Vaticano, e sobre isso, automaticamente teria que sair do Carnaval. Recentemente fui procurado pela Universal, para fazer um trabalho com os Jovens.

Uma coisa que sempre falo é que o “Futuro é uma astronave que tentamos pilotar”.

Precisamos entender, que nós não podemos forçar ninguém, a ir contra seus próprios pensamentos, contra crença, e ideias.

É preciso entender que todos temos a nossa cultura, a nossa tradição, e os nossos conceitos, e é preciso entender e respeitar, pois, é respeitando que se é respeitado.

Olhar para nós e dizer como São Francisco de Assis: “Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz”.

Hoje, faz uns 4 meses que estou vivendo em celibato por conta de um propósito que fiz. Há 1 ano, deixei o Candomblé e voltei para Igreja.

Muitos me perguntam se eu pretendo ser Padre… Se for da vontade de Deus, ele irá me chamar”.

 

No carnaval de 2020, Matheus fez parte do quadro de casais da Unidos do Peruche. Após a repercussão e a cobrança de posicionamento dos internautas  ele foi desligado da agremiação. 

“Somos uma escola família e respeitamos a todos, haja vista que até o ano passado um dos mestres era homossexual (Natan).

Recebemos com espanto o posicionamento do Matheus porque em nosso quadro de casais temos o Kauê Lacort que também é homossexual, isso nos deixou extremamente chateados, tentamos ouvir a versão dele, mas o mesmo não quis ser ouvido.

Não admitimos de forma alguma nenhum tipo de preconceito dentro da Unidos do Peruche”.

Assessoria de Imprensa

Um componente de uma agremiação, que não quis se identificar, também falou ao Empoderado:

“De tudo isso eu só acho que as pessoas têm confundido muito LIBERDADE DE EXPRESSÃO com LIBERDADE DE AGRESSÃO, e escondem seu preconceito por trás de uma religião, fanatismo ou seja lá o nome que se dê a isso!!!! E quando somos do carnaval isso pode ser potencializado pois deixamos de ser um pouco de nós e passamos a ser o cargo que ocupamos na agremiação,  nos tornamos representatividade de uma comunidade, de um pavilhão e temos que tomar cuidado pois essa mesma comunidade é formada por pessoas de todos os gêneros, classe social e etnias, logo temos que ponderar nossas opiniões publicamente para não correr o risco do erro”.

  

De acordo com Fernanda Farias, Psicóloga e Coach, muitas pessoas tem dificuldades para lidar com suas emoções e por isso quando se deparam com algo ou situação que não está de encontro com seus valores e crenças procuram punir e agredir o outro como uma maneira de destruir o outro.

“O aumento das agressões aumentaram através da internet porque tudo é muito rápido e a maioria das pessoas respondem e agem “sem pensar” ou até mesmo com o intuito de virilizar sua opinião pois o alcance é grande. Uma maneira de ser visto. Geralmente quem faz esses linchamentos virtuais são pessoas frustradas, impotentes, inseguras e que tem dificuldades em receber um Não! Ao fazer esses cancelamentos, pode trazer a sensação de que elas tem “poder””.

NOTA

Não deixe de curtir nossas mídias sociais. Fortaleça a mídia negra e periférica

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7 respostas

  1. Eu ando pensando e pensando e normatizar o que ele falou mesmo sendo a opinião dele, vai chegar uma hora que teremos que normatizar quando alguém tiver a opinião que a Escravidão não existiu, Auschwitz também não. Tem opiniões que não da e devem ser repudiadas veementemente. Parabéns a escola pq fica imaginando ele com essa opinião no meio das pessoas LGBT ????

  2. Hoje as pessoas escondem todos seus medos e preconceitos através de mensagens e ou imagens, é muito triste saber que a coragem das pessoas crescem sem limites desde que não sejam identificadas. Aonde vamos parar?

  3. É TRISTE VER ISSO NO NOSSO DIA A DIA, ATE QUANDO? SERÁ QUE ESSAS PESSOAS ACHAM QUE É SOBRE CRITICAS DAS VIDAS DE OUTRAS QUE SENTE BEM? CADA UM TEM SEU LIVRE ÁRBITRO DE SER, VIVER COMO SE SENTE MELHOR SEM SE ESCONDER…ESSAS PESSOAS QUE CRITICAM A VIDA ALHEIA PRECISA DE TRATAMENTO OU NAO GOSTA DA PRÓPRIA VIDA QUE LEVA…MUDA MUDA A VIDA É DE CADA SER… VAMOS RESPEITA E CONVIVER COM TODOS E TÃO SIMPLES.!
    PARABÉNS PELA MATÉRIA LICIANE LINHARES.

  4. É difícil essas opiniões em nosso dia a dia, essas pessoas precisa de tratamento, porque na realidade são elas que não sabem quem são, todos tem seu livre ÁRBITRO para ser e agir como se sentir melhor e ser feliz, ninguém deve julgar e sim, conviver com todos em uma só sociedade e respeita… É tão simples.!

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